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FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
"Quatro Mulheres" retrata Oeste machista
Tarzã, o Filho da Selva
SBT, 15h45.
(Tarzan the Ape Man). EUA, 59, 82 min.
Direção: Joseph Newman. Com Denny
Miller, Joana Barnes, Cesare Danova.
Jane viaja à África com o pai. Lá
encontrará o homem de sua vida, na
pessoa de Tarzã. Versão pouco ilustre da
história de Edgar Rice Burroughs. A
propósito para os fãs do herói.
Quatro Mulheres e um Destino
Globo, 16h15.
(Bad Girls). EUA, 94, 104 min. Direção:
Jonathan Kaplan. Com Madeleine Stowe,
Mary Stuart Masterson, Andie McDowell,
Drew Barrymore. Três prostitutas
ajudam colega a escapar do
enforcamento. As quatro fogem e
constituem uma gangue, devidamente
perseguida num Oeste machista.
Garotas bonitas, faroeste frouxo.
Romance no Parque
Globo, 23h05.
(Dog Park). Canadá/EUA, 98, 91 min.
Direção: Bruce McCulloch. Com Natasha
Henstridge, Luke Wilson. Wilson é
abandonado pela garota, que leva junto
seu cachorrinho. Depois, arranja outra
namorada, que dá mais bola ao seu
cachorro do que ao namorado. Pequena
comédia em torno da mania canina.
Inédito.
O Corcunda de Notre Dame
SBT, 23h45.
(The Huntchback). EUA, 97, 98 min.
Direção: Peter Medak. Com Mandy
Patinkin, Salma Hayek. Hayek faz a bela
cigana Esmeralda, por quem se
apaixonam Frollo (Harris) e, de modo
diferente, Quasimodo (Patinkin), o
corcunda que habita a catedral de Paris.
Versão para TV a cabo do romance de
Victor Hugo.
Dia da Justiça
SBT, 1h55.
(Deadlocked). EUA, 2000. Direção:
Michael W. Watkins. Com David Caruso,
Charles S. Dutton. Pai sequestra o júri
que condenou seu filho por estupro e
assassinato. Para libertar os jurados,
exige que o promotor do caso prove, em
um dia, a inocência do rapaz. Feito para
TV.
O Perfume de Emmanuelle
Bandeirantes, 2h.
(Emmanuelle's Perfume). França, 92, 90
min. Direção: Francis Leroi. Com Sylvia
Kristel, Marcella Walerstein. Emmanuelle
trata de aproximar amantes (no caso, um
amigo escritor em crise, que quer
conquistar uma garota).
Moby Dick
SBT, 3h35.
Austrália/Inglaterra, 98, 180 min.
Direção: Franc Roddam. Com Patrick
Stewart, Henry Thomas. Adaptação para
TV do célebre romance de Herman
Melville sobre a luta do capitão Ahab
(Stewart) com a enorme baleia branca,
sua obsessão. A história é dessas que,
mesmo o filme não sendo uma obra-prima, o espectador é levado por sua
força. E Roddam teve o bom senso de dar
um papel a Gregory Peck, que fez Ahab
no filme de 1956, estabelecendo assim
uma continuidade entre os dois filmes. Só para São Paulo.
Alguma Coisa em Comum
Globo, 2h50.
(Something in Common). EUA, 86, 96
min. Direção: Glenn Jordan. Com Ellen
Burstyn, Tuesday Weld. Viúva e ativa,
Burstyn entra em parafuso quando o
filho se apaixona por uma mulher bem
mais velha do que ele. Comédia
romântica feita para TV.
(IA)
TV PAGA
Chris Columbus rege mundo infantil da fantasia
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O fantástico tem encanto
certo. Adultos ou crianças,
todos sucumbimos a esse gênero
cuja característica principal talvez
seja apagar os limites entre o possível e o impossível, entronizando
a idéia e sugerindo a superação
das limitações da matéria.
Para que o fantástico exista é
preciso existir, primeiro, um quadro obviamente realista. Exemplo: Harry Potter está em uma estação ferroviária, prestes a pegar
um trem. Mas a plataforma não
será aquela em que nós outros pegamos trens. Ele e seus amigos,
aprendizes de feiticeiros, atravessarão misteriosamente uma coluna, que os levará a outra plataforma e, na verdade, a outro mundo,
esse mundo alternativo em que a
fantasia vigora plenamente.
O que se pode questionar, desde
então, é se "Harry Potter e a Pedra
Filosofal", primeiro filme da série
de Harry Potter, não inflaciona
um tanto a idéia de mundo mágico, tal é a sucessão de conflitos
que se desenvolve ao longo deste
filme de Chris Columbus e cuja
resolução está intrinsecamente ligada ao uso de poderes extraordinários.
Acontece que Columbus entende pra burro da criançada e, antes
de Harry Potter, dirigiu entre outros os dois primeiros "Esqueceram de Mim", escritos por John
Hughes. Por isso, embora os poderes mágicos sejam agitados a
três por dois, é preciso levar em
conta que isso se dá num ambiente em que todos são mágicos
-portanto a solução do enigma
central é de ordem intelectual, e
não mágica.
Saber escorregar de maneira
adequada de um mundo onde tudo se dá por encanto para outro
em que a decifração do mistério é
a questão não é um mérito secundário. Talvez fazendo economia
um pouco maior de efeitos, evitando jogar em nossos rostos a
"magia do cinema" (essa arte nova-rica), "Harry Potter e a Pedra
Filosofial" chegasse a uma eficácia ainda maior.
HARRY POTTER E A PEDRA
FILOSOFAL. Quando: hoje, às 21h, no
HBO; 3h, no HBO2.
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