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São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

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FILMES E TV PAGA

TV ABERTA

"Quatro Mulheres" retrata Oeste machista

Tarzã, o Filho da Selva
SBT, 15h45.  
(Tarzan the Ape Man). EUA, 59, 82 min. Direção: Joseph Newman. Com Denny Miller, Joana Barnes, Cesare Danova. Jane viaja à África com o pai. Lá encontrará o homem de sua vida, na pessoa de Tarzã. Versão pouco ilustre da história de Edgar Rice Burroughs. A propósito para os fãs do herói.

Quatro Mulheres e um Destino
Globo, 16h15.   
(Bad Girls). EUA, 94, 104 min. Direção: Jonathan Kaplan. Com Madeleine Stowe, Mary Stuart Masterson, Andie McDowell, Drew Barrymore. Três prostitutas ajudam colega a escapar do enforcamento. As quatro fogem e constituem uma gangue, devidamente perseguida num Oeste machista. Garotas bonitas, faroeste frouxo.

Romance no Parque
Globo, 23h05.
 
(Dog Park). Canadá/EUA, 98, 91 min. Direção: Bruce McCulloch. Com Natasha Henstridge, Luke Wilson. Wilson é abandonado pela garota, que leva junto seu cachorrinho. Depois, arranja outra namorada, que dá mais bola ao seu cachorro do que ao namorado. Pequena comédia em torno da mania canina. Inédito.

O Corcunda de Notre Dame
SBT, 23h45.
  
(The Huntchback). EUA, 97, 98 min. Direção: Peter Medak. Com Mandy Patinkin, Salma Hayek. Hayek faz a bela cigana Esmeralda, por quem se apaixonam Frollo (Harris) e, de modo diferente, Quasimodo (Patinkin), o corcunda que habita a catedral de Paris. Versão para TV a cabo do romance de Victor Hugo.

Dia da Justiça
SBT, 1h55.
 
(Deadlocked). EUA, 2000. Direção: Michael W. Watkins. Com David Caruso, Charles S. Dutton. Pai sequestra o júri que condenou seu filho por estupro e assassinato. Para libertar os jurados, exige que o promotor do caso prove, em um dia, a inocência do rapaz. Feito para TV.

O Perfume de Emmanuelle
Bandeirantes, 2h.
 
(Emmanuelle's Perfume). França, 92, 90 min. Direção: Francis Leroi. Com Sylvia Kristel, Marcella Walerstein. Emmanuelle trata de aproximar amantes (no caso, um amigo escritor em crise, que quer conquistar uma garota).

Moby Dick
SBT, 3h35.
  
Austrália/Inglaterra, 98, 180 min. Direção: Franc Roddam. Com Patrick Stewart, Henry Thomas. Adaptação para TV do célebre romance de Herman Melville sobre a luta do capitão Ahab (Stewart) com a enorme baleia branca, sua obsessão. A história é dessas que, mesmo o filme não sendo uma obra-prima, o espectador é levado por sua força. E Roddam teve o bom senso de dar um papel a Gregory Peck, que fez Ahab no filme de 1956, estabelecendo assim uma continuidade entre os dois filmes. Só para São Paulo.

Alguma Coisa em Comum
Globo, 2h50.
  
(Something in Common). EUA, 86, 96 min. Direção: Glenn Jordan. Com Ellen Burstyn, Tuesday Weld. Viúva e ativa, Burstyn entra em parafuso quando o filho se apaixona por uma mulher bem mais velha do que ele. Comédia romântica feita para TV. (IA)

TV PAGA

Chris Columbus rege mundo infantil da fantasia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O fantástico tem encanto certo. Adultos ou crianças, todos sucumbimos a esse gênero cuja característica principal talvez seja apagar os limites entre o possível e o impossível, entronizando a idéia e sugerindo a superação das limitações da matéria.
Para que o fantástico exista é preciso existir, primeiro, um quadro obviamente realista. Exemplo: Harry Potter está em uma estação ferroviária, prestes a pegar um trem. Mas a plataforma não será aquela em que nós outros pegamos trens. Ele e seus amigos, aprendizes de feiticeiros, atravessarão misteriosamente uma coluna, que os levará a outra plataforma e, na verdade, a outro mundo, esse mundo alternativo em que a fantasia vigora plenamente.
O que se pode questionar, desde então, é se "Harry Potter e a Pedra Filosofal", primeiro filme da série de Harry Potter, não inflaciona um tanto a idéia de mundo mágico, tal é a sucessão de conflitos que se desenvolve ao longo deste filme de Chris Columbus e cuja resolução está intrinsecamente ligada ao uso de poderes extraordinários.
Acontece que Columbus entende pra burro da criançada e, antes de Harry Potter, dirigiu entre outros os dois primeiros "Esqueceram de Mim", escritos por John Hughes. Por isso, embora os poderes mágicos sejam agitados a três por dois, é preciso levar em conta que isso se dá num ambiente em que todos são mágicos -portanto a solução do enigma central é de ordem intelectual, e não mágica.
Saber escorregar de maneira adequada de um mundo onde tudo se dá por encanto para outro em que a decifração do mistério é a questão não é um mérito secundário. Talvez fazendo economia um pouco maior de efeitos, evitando jogar em nossos rostos a "magia do cinema" (essa arte nova-rica), "Harry Potter e a Pedra Filosofial" chegasse a uma eficácia ainda maior.


HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL. Quando: hoje, às 21h, no HBO; 3h, no HBO2.


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