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ENTRELINHAS
A corrida dos R$ 44 mi
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os números coletados por
esta coluna com o Ministério da Educação explicam porque enquanto a gurizada corre
para as férias o normalmente estacionado início de julho do
mercado editorial brasileiro está
o chamado "caos e a barbárie".
Em busca dos R$ 44 milhões
que o MEC investirá na sua
maior compra de livros não-didáticos, neste ano, 54 editoras
dobram as noites em claro.
Até o dia 11, essas casas têm de
entregar os livros que inscreveram para o programa PNBE,
que comprará 40 milhões de volumes para todos os alunos da
rede pública de 4ª e 8ª séries e
para recém-alfabetizados (EJA,
educação de jovens e adultos).
A luta será mais acirrada para
as editoras que disputam a venda de coleções para a 4ª série. Estão na disputa 44 delas. Para a 8ª,
são 33. E 27 lutam pelo EJA.
As "eleitas" serão anunciadas
em 11 de agosto. Elas podem ser
até 24 empresas, o triplo da edição anterior do PNBE. É que o
MEC comprará dez coleções de
livros de 4ª série, dez para a 8ª e
quatro voltadas ao EJA.
O número pode se espichar a
28 editoras. Pioneiramente, permitiu-se neste ano a inscrição de
consórcios. Dois estão na disputa, um com duas editoras; outro
com quatro, todas pequenas.
MR. DA SILVA
O site Amazon.com já está
vendendo o livro "Lula and the
Workers" Party in Brazil", da
jornalista inglesa Sue
Brandford (por 20 anos
correspondente da BBC e do
"Financial Times") e de
Bernardo Kucinski, professor
de jornalismo da USP. O livro,
que deve sair em novembro,
pela The New Press, conta a
origem do PT e faz balanço dos
primeiros meses de governo.
NOBELZINHO
Vem aí o Prêmio Libre de
Ficção. O "galardão", que
deverá distribuir R$ 20 mil,
está no programa da chapa
única que será eleita segunda
para dirigir a liga das pequenas
e médias editoras, com Angel
Bojadsen como presidente.
GRANERO
Mino Carta está de mudança.
Acaba de trocar a Record, que
publicou seu "O Castelo de
Âmbar", em 2000, pela W11, de
Wagner Carelli, que deve
lançar a sequência do
romance, "A Sombra do
Silêncio", em setembro.
CONDÃO
Harry Potter está fazendo
mágica também em audio-livros. Em três dias, sua nova
saga vendeu 135 mil cópias.
(NÃO) PAREM AS MÁQUINAS
Na Record, a festa é da
educadora Tania Zagury, que
acaba de rodar a 50ª edição de
seu "Limites sem Trauma", já
vendido para Itália e Espanha.
E-mail: elek@folhasp.com.br
FORA DA ESTANTE
Usando como argamassa
as coisas pequenas do cotidiano, como uma mosca, Joseph Brodsky moldou uma
obra poética que não deixa
de lado nada do que é grande na vida. Com linguagem
simples, que burilou tanto
no russo, língua natal, quanto no inglês, ele granjeou o
posto de um dos grandes nomes da poesia contemporânea e se tornou, em 1987, um
dos mais jovens ganhadores
do Nobel, com 47 anos. Um
ano depois, esse viajante
obstinado, que esteve até no
Brasil, publicou "Para Urânia" (acima, em russo), dedicado à musa da geografia.
De toda a sua obra, acomodada em sete grossos volumes na Rússia (país do qual
foi banido em 72), as estantes brasileiras só guardam
lembranças de "Quase uma
Elegia" (7 Letras), volume
esgotado de poemas traduzidos por Nelson Ascher e Boris Schnaiderman, e dos ensaios de "Menos que um"
(Cia. das Letras). Brodsky,
que morreu em 96 nos EUA
que adotara, merecia mais.
HOJEMarcelo Mirisola lê trechos do romance inédito "Bangalô", na livr. Boa Vista
(tel. 0/xx/11/3031-4158) SEGUNDAA Edusp lança "Ernesto de Fiori", de Mayra
Laudanna, na Livr. da Vila (tel. 0/xx/11/3814-5811) TERÇASérgio Miceli autografa seu "Nacional Estrangeiro" (Companhia das Letras) na livr. Cultura (tel. 0/xx/11/3285-4033) TERÇATeixeira Coelho fala sobre "A Obra-Prima Ignorada", de Balzac, que traduziu para a nova editora Comunique, na Fnac (tel. 0/xx/11/ 3097-0022) QUARTAO francês André Pichot está no Café Filosófico da livr. Cultura.
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