CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha,em Belo Horizonte

No teto de um dos 13 cinemas de Belo Horizonte que exibe "Star Wars: Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" foi armado um observatório que permite aos fãs verem mais de perto o universo distante onde se passa o filme.
Ao comprar ingresso para o filme no cinema Unibanco Ponteio, o espectador ganha uma senha para subir até o teto e usar os telescópios. Os telescópios foram trazidos do Observatório da Serra da Piedade, em Caeté (MG).
O estudante de turismo e fã de "Star Wars" Eduardo Queiroz, 23, diz que sempre gostou de observar o céu, mas, depois de assistir aos três primeiros episódios da série, interessou-se mais pelo universo. Na sexta, antes de ver o filme, ele observou o céu pelos telescópios.
"Primeiro eu me interessei pelo céu, depois por "Star Wars" porque existe uma ligação", disse.
Segundo Tâmara Braga Ribeiro, uma das proprietárias do cinema, estão sendo gastos R$ 20 mil com a instalação do observatório.
O cinema também está organizando conferências sobre astronomia com especialistas.
Renato Las Casas, 46, coordenador do observatório e professor de astrofísica da Universidade Federal de Minas Gerais, adverte que muitas perguntas dos fãs acerca das cenas do filme não terão explicação científica.
"Os monitores prepararam um material para responder às perguntas, mas posso adiantar que muita coisa é pura fantasia."
O professor não concorda com as explicações dadas pela astrônoma norte-americana Jeanne Cavelos para os sabres de luz usados pelos personagens.
Para Casas, não haveria, nem mesmo no futuro, uma forma de condensar a luz nem de fazer com que dois feixes luminosos batessem um contra o outro.


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