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PERSONALIDADE
Rapper está sendo processado por ter agredido executivo com garrafa de champanhe, cadeira e telefone
Puff Daddy prepara CD em meio a processo
de Nova York
O rapper e empresário musical
Puff Daddy -um dos responsáveis pelo boom do hip hop nos
EUA nesta década- está preparando o lançamento de seu segundo e aguardado disco em meio a
uma processo criminal que pode
lhe render até sete anos de prisão.
Seu novo álbum, "Forever", está
em fase final de produção e deve
ser lançado no dia 24 de agosto pelo seu próprio selo, o Bad Boy Records. Até lá, Sean Combs (seu nome verdadeiro), 29, pode ser um
homem condenado.
Ele é acusado de ter agredido,
junto com outras duas pessoas, o
executivo Steven Stoute, da Universal Records, no dia 15 de abril. A
polícia diz que o trio invadiu o escritório de Stoute em NY por volta
das 16h30 e bateu nele com uma
garrafa de champanhe, uma cadeira e um telefone. Depois, destruiu
parte do escritório. A cena teria sido gravada por câmeras de segurança.
No dia seguinte, Combs foi preso, acusado de agressão em segundo grau e de ter causado prejuízos
materiais a Stoute. Foi solto após
pagar fiança de US$ 15 mil.
O motivo da agressão foi a participação de Combs no videoclipe
"Hate Me Now", do rapper Nas, no
qual ele aparece sendo crucificado.
Combs disse que, depois de gravar
a cena, concluiu que ela seria prejudicial à sua imagem e requisitou
então à gravadora a retirada da cena do clipe. Mas o vídeo foi enviado à MTV sem os cortes.
Na última quinta-feira, antes de
conceder entrevista sobre o disco
para a imprensa internacional,
Combs compareceu a um tribunal
em NY com a expectativa de que
Stoute aceitasse retirar as acusações. Um dia antes, pediu desculpas públicas a Stoute e chegou a
anunciar um acordo com ele, que
não incluiria o pagamento de uma
indenização.
A expectativa foi reforçada porque, no mesmo dia, o advogado de
Stoute, Thomas Puccio, divulgou
um comunicado no qual disse que
"a questão foi resolvida amigavelmente".
Mas as duas partes não chegaram
a um acordo e uma nova audiência
foi marcada para o dia 5 de agosto.
Em maio, Stoute disse que vê
Combs como "um gângster do
mercado musical". "Ele é o cara
que chora por seu amigo (Notorious) B.I.G. publicamente e promove a paz, mas que tem uma história triste", disse Stoute.
Notorious B.I.G. (Christopher
Wallace) foi o principal artista do
selo de Puff Daddy. Foi assassinado ao sair de uma festa em Los Angeles em março de 1997.
Na entrevista de quinta-feira,
Combs evitou comentar o caso.
Disse apenas que "foi um incidente
infeliz e que a culpa foi minha. Tomei uma decisão emocional e cometi um erro".
Combs é um dos artistas de
maior sucesso nos EUA. Seu primeiro disco, "No Way Out" (1997),
vendeu mais de 7 milhões de cópias. Em 1998, seus ganhos pessoais somaram US$ 53,5 milhões
segundo a revista "Forbes", que o
colocou como o 15º artista mais rico dos EUA no ano.
(RENATO FRANZINI)
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