São Paulo, sábado, 28 de julho de 2001

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ARTES PLÁSTICAS

Exposição que será aberta amanhã na Inglaterra é desdobramento da "Mostra do Redescobrimento"

Oxford vê tendência experimental da produção brasileira

DA REPORTAGEM LOCAL

A história começa nos anos 60, com Sérgio Camargo, que expôs na Signals Gallery, em Londres, e levou Lygia Clark, Hélio Oiticica e Mira Schendel para mostrar seus trabalhos ao público inglês.
É essa linhagem da arte brasileira, que exprime sua vocação experimental, que a exposição "Experiment Experiência : Art in Brazil 1958-2000" pretende afirmar a partir de amanhã, quando abre suas portas no Museu de Arte Moderna de Oxford, Inglaterra.
Com curadoria do brasileiro Nelson Aguilar e da inglesa Astrid Bowron, a exposição é um desdobramento da "Mostra do Redescobrimento" (2000) e é realizada pela BrasilConnects.
"A Signals foi pioneira naquele momento no reconhecimento internacional da arte brasileira. Por isso esses quatro artistas, pais-fundadores, abrem a exposição", explica Aguilar, curador-geral do megaevento de arte brasileira no ano passado. O curador se refere ao momento de rompimento do plano pictórico que esses artistas empreenderam em torno dos movimentos construtivos.
Do núcleo central do neoconcretismo, a carioca Lygia Pape, 72, leva "Livro da Arquitetura".
Entre outros artistas com produção atual, estão representadas tendências mais conceituais dos anos 70, com Waltercio Caldas e Carmela Gross, e dos anos 80/90, com Jac Leirner; além de obras de Tunga, Antonio Dias, Iole de Freitas, Antonio Manuel, José Resende, Nuno Ramos e Rosângela Rennó.
Entre os anos 90, foi procurada a herança dos artistas-pioneiros, entre nomes como Ernesto Neto -"uma espécie de neto de Lygia Clark", como define Aguilar- e José Damasceno.
"Existe uma curiosidade muito grande por parte dos jovens críticos ingleses em relação à produção brasileira mais recente. Temos um legado", diz Aguilar.


EXPERIMENT EXPERIÊNCIA - ART IN BRAZIL 1958-2000 - Curadoria: Nelson Aguilar e Astrid Bowron. Onde : Museu de Arte Moderna de Oxford (tel. 00/xx/ 44/0/1865-722 733). Na Internet : www.moma.org.uk. Quando: de amanhã a 21 de outubro.



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