São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2000

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E a cultura?

PRINCIPAIS CANDIDATOS FALAM SOBRE SEUS PLANOS PARA A ÁREA


A Folha ouviu os primeiros colocados na pesquisa para prefeito de São Paulo sobre suas propostas para o setor e encontrou um conjunto de generalidades


FERNANDA CIRENZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os cinco principais candidatos ao cargo de prefeito de São Paulo oferecem um conjunto de generalidades no que se refere aos planos para a área cultural.
A Folha falou com quatro deles, Marta Suplicy (PT), Paulo Maluf (PPB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiza Erundina (PSB). As respostas podem ser lidas à pág. E 6. Por meio de sua assessoria de imprensa, Romeu Tuma (PFL) respondeu que não falaria sobre seu programa. Suas propostas são apresentadas no plano de governo.
Um ponto recorrente nos programas é a atenção com a diversidade étnica da cidade.
Marta Suplicy quer "a cultura como transformadora de corpos e mentes no resgate da identidade e auto-estima da população". Promete "promover o tombamento e preservar sítios ligados à história e à memória da população afro-descendente".
Paulo Maluf, além de ampliar o número de casas de cultura, estendendo-as para a periferia, quer fazer do Complexo do Carandiru "um Ibirapuera da zona norte". Segundo ele, uma promessa de Mário Covas, não realizada, previa a transferência dos presos para o interior do Estado.
O candidato, ao tratar das diretrizes básicas de seu programa, diz que vai instituir na rede de ensino municipal, como matéria obrigatória, "a história, o desenvolvimento e a conquista dos afro-brasileiros".
Geraldo Alckmin pretende "promover a reciclagem geral do funcionalismo da Secretaria Municipal de Cultura, tendo em vista as modernas técnicas de trabalho e administração".
Romeu Tuma promete "resgatar o espírito comunitário" em São Paulo.
"Os moradores têm de ter novamente condições totais para se reunirem sem medo e tranquilidade e, assim, festejarem datas importantes relativas ao seu bairro, preservando a cultura e suas tradições", diz sua sintética proposta para a área.
Luiza Erundina afirma que vai "valorizar o enfoque multicultural e a pluralidade étnica de São Paulo, criando, mantendo e apoiando atividades temáticas nas principais praças da cidade para promover as manifestações multiculturais".
A Secretaria Municipal de Cultura, que é ocupada há quase oito anos pelo jornalista Rodolfo Konder, tem um orçamento anual médio de R$ 100 milhões, cerca de 3.000 funcionários, três orquestras, dois corais e um balé. Uma lei municipal de incentivo destina ainda, em média, R$ 40 milhões para a cultura.


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