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ELEIÇÕES/SP
Marlene Bergamo/Folha Imagem
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MARTA SUPLICY 33% das intenções de voto* |
Sérgio Lima/Folha Imagem
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PAULO MALUF 13% das intenções de voto* |
Cleo Velleda/Folha Imagem
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GERALDO ALCKMIN 13% das intenções de voto* |
Moacyr Lopes Jr./Folha Imagem
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ROMEU TUMA 13% das intenções de voto* |
Juca Varella/Folha Imagem
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LUIZA ERUNDINA 10% das intenções de voto* |
*Segundo pesquisa Datafolha publicada ontem na Folha
Só Tuma não responde às questões propostas sobre a área
Conheça os planos dos candidatos a prefeito
DA REPORTAGEM LOCAL
Procurados pela Folha, os candidatos à Prefeitura de São Paulo,
à exceção de Romeu Tuma (PFL),
responderam a cinco perguntas
-três iguais (leia ao lado), e duas
específicas de cada programa.
Marta Suplicy (PT) promete
"uma política cultural democrática e regionalizada". Para Paulo
Maluf (PPB), os espaços culturais
"são poucos e subaproveitados",
o que quer corrigir ampliando sua
quantidade e programação. Geraldo Alckmin (PSDB) quer descentralizar "decisões de programação e definição de prioridades,
de acordo com os interesses das
comunidades". Luiza Erundina
(PSB) pretende "estimular, criar
espaços e apoiar manifestações".
Pesquisa Datafolha publicada
ontem aponta Marta na liderança
da sucessão, com 33% das intenções de voto. Maluf, Alckmin e
Tuma têm, cada um, 13%. Erundina aparece com 10%. A margem
de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Marta e Alckmin enviaram suas
respostas por e-mail. Maluf deu
entrevista em seu escritório, e
Luiza Erundina, por telefone. A
seguir, as respostas às perguntas
referentes a cada programa de governo.
(FERNANDA CIRENZA)
Marta Suplicy
Folha - Um dos itens de seu programa diz "Investimento para a Cidadania". O que significa isso?
Marta Suplicy- Significa garantir
o direito de todos à produção e
fruição culturais, à informação e à
participação, vendo acesso à cultura como direito do cidadão. Para isto, implementaremos uma
política democrática e regionalizada, apoiando iniciativas representativas do interesse das comunidades e das pessoas que nelas
vivem, dando visibilidade à variedade e riqueza de manifestações
artísticas e culturais da cidade.
Cabe ao poder municipal reassumir a responsabilidade pela política cultural da cidade, vendo a
cultura não como gasto, mas como investimento.
Serão criados fóruns regionais
de cultura que, juntamente com o
Conselho Municipal de Cultura,
serão instrumentos de fiscalização e interferência da sociedade
civil organizada na gestão cultural
da cidade. No orçamento participativo, a população deverá discutir direito à cultura e a programações regionalizadas.
Folha - Quanto esse projeto vai
consumir?
Marta - Vai consumir o orçamento já destinado à cultura.
Mas, como cultura é investimento, vamos buscar ampliar seu orçamento, assim como aproveitar
o potencial de investimento privado, fazendo parcerias, revisando e aperfeiçoando a lei municipal de incentivo à cultura.
Paulo Maluf
Folha - O sr. diz que vai "ampliar o
número de casas de cultura na capital, estendendo-as para a periferia".
Faltam espaços na cidade?
Paulo Maluf - São poucos e subaproveitados. Você tem de criar
eventos programados com determinados calendários. Por exemplo, se a população souber que todo sábado à noite tem um concerto em uma biblioteca de Santo
Amaro, ela se programa. Na periferia, você não pode ter uma programação de vez em quando, tem
de ter um calendário. Vou criar
novas casas de cultura ao lado de
bibliotecas já existentes.
Folha - O sr. afirma que vai transformar o Carandiru numa área de
lazer e cultura. Como vai ser isso?
Maluf - O governador Mário Covas disse, na campanha eleitoral
de 98, que os presos da capital seriam transferidos para o interior.
Foi uma promessa eleitoral que
ele não cumpriu ainda. Eles queriam construir um grande conjunto habitacional. A minha idéia
seria implodir a penitenciária.
Acho que lá dá para fazer um Ibirapuera da zona norte.
Geraldo Alckmin
Folha - Gostaria que o sr. explicasse como vai reciclar o funcionalismo da Secretaria da Cultura.
Geraldo Alckmin - A reciclagem e
a valorização profissional serão
feitas em todos os setores. A idéia
é incorporar modernas técnicas
de trabalho e administração, implementando uma maior agilidade e transparência da informação.
Na cultura, a administração das
unidades terá maior autonomia,
buscando a descentralização das
decisões de programação e a definição de prioridades de acordo
com os interesses das comunidades. A reciclagem começa pela
mudança de mentalidade.
Folha - No item "Broadway Paulistana", o sr. diz que o projeto
quer revitalizar o centro histórico.
O sr. acredita que o centro ainda
tem chance de ser revitalizado?
Alckmin - A revitalização da área
central, especialmente do centro
histórico, é uma tarefa que se impõe. Recuperar o centro significa
resgatar o principal cartão-postal
da cidade, gerar atividade nas
áreas que mais empregam atualmente, como o turismo, o lazer e
o comércio, e, principalmente,
reocupar uma região que é bem
dotada de infra-estrutura.
A Broadway paulistana é apenas uma parte do projeto de revitalização, com a transformação
das salas de cinema em teatros para peças, shows e musicais.
Luiza Erundina
Folha - O que significa "valorizar o enfoque multicultural e a pluralidade étnica de São Paulo"?
Luiza Erundina - A cidade de São
Paulo tem uma composição étnica e cultural muito diversificada.
A zona leste, por exemplo, tem
uma presença nordestina forte, e
os valores culturais da região são
ligados a essa origem. A origem
supõe política cultural própria.
Folha - Como a sra. pretende criar
novos espaços culturais e ampliar o
número de bibliotecas, centros de
convivência e esportivos?
Erundina - Esse projeto não requer muito investimento porque
dá para fazer com a iniciativa privada. Dá para fazer a baixo custo e
também estabelecendo parcerias
com os consulados correspondentes àquela cultura ou com câmaras de comércio.
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