São Paulo, sábado, 28 de setembro de 2002

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FILMES

TV ABERTA

Virtuosismo dá o tom em "Festim Diabólico"

Cisco Kid
SBT, 14h15.

(The Cisco Kid). EUA, 94, 95 min. Direção: Luis Valdez. Com Jimmy Smiths. Cisco Kid e seu companheiro Pancho retornam ao México para enfrentar vilão.

Lembranças
Rede TV!, 15h15.

(Summer Wishes, Winter Dreams). EUA, 73, 87 min. Direção: Gilbert Cates. Com Joanne Woodward. Mulher em crise de meia-idade passa em revista sua vida.

Assassinos Substitutos
Record, 22h30.

(The Replacement Killers). EUA, 97, 84 min. Direção: Antoine Fuqua. Com Chow Yun-Fat. A velha história do matador profissional que sofre mil pressões para realizar um último trabalho depois que resolveu abandonar a profissão.

Gênio Indomável
Globo, 23h30.

(Good Will Hunting). EUA, 1997, 126 min. Direção: Gus van Sant. Com Robin Williams. Faxineiro revela-se capaz de resolver problemas matemáticos que ninguém em universidade equaciona.

O Julgamento de Nuremberg
SBT, 23h45.

(Nuremberg). EUA, 2000. Direção: Yves Simoneau. Com Alec Baldwin. Originalmente, uma minissérie que retoma o julgamento de vários dos principais líderes nazistas, celebrizado pelo filme de Stanley Kramer. Inédito.

Intenções Perigosas 2
Bandeirantes,1h45.

  (A Woman Scorned 2). EUA, 96, 103 min. Direção: Rodney McDonald. Com Andrew Stevens. Mulher casada, com trauma do passado, vai se tratar com um psiquiatra.

Roger e Eu
SBT, 3h.

(Roger & Me). EUA, 89, 91 min. Direção: Michael Moore. Com Pat Boone. O que acontece em cidade quando a GM fecha suas fábricas e provoca desemprego.

Festim Diabólico
Globo, 3h45.

(Rope). EUA, 48, 80 min. Direção: Alfred Hitchcock. Com James Stewart. Para demonstrar inteligência, dois rapazes matam um colega e fazem uma festa.

A Volta do Detetive McCloud
SBT, 4h40.

(The Return of Sam McCloud). EUA, 1989. Direção: Alan J. Levi. Com Dennis Weaver. Ex-detetive volta ao mundo da investigação quando uma prima é assassinada na Inglaterra. (IA)

TV PAGA

Argentina produz o melhor cinema latino

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A Argentina é o país que amamos odiar. Há algum tempo, aceitamos -não sem relutância- a idéia de que ali se fazia a melhor literatura do mundo. Hoje, temos de absorver outro golpe no narcisismo nacional: é a Argentina quem produz, de longe, o melhor cinema latino-americano da atualidade.
Por que isso acontece? "Nove Rainhas" (amanhã, 22h, no Cinemax) fornece algumas pistas para a compreensão do fenômeno, embora não seja o que de melhor se produziu por lá.
Trata-se, no entanto, de uma comédia tremendamente eficaz, em torno de dois golpistas -um veterano e um novato- que, em dado momento, se vêem às voltas com o que parece ser a chance de sua vida: vender uma série de raríssimos selos alemães conhecidos como nove rainhas.
A série que vão vender é falsa, naturalmente. Aliás, ao longo do filme, nos perguntamos o que não é falso nessa história: toda pequena armação que fazem em conjunto, toda traição mútua.
A arte da vigarice consiste em traficar aparências, como se sabe. Não é uma arte muito diferente do cinema, em certo sentido. Vigaristas são atores de talento. Mas também precisam ter a imaginação dos bons roteiristas e a capacidade de improvisar dos bons diretores. Também precisam ser bons psicólogos, entender o outro, captar suas fraquezas.
Tudo isso bastaria para chegar a um filme divertido. "Nove Rainhas" tem ainda a virtude adicional de observar um país onde as aparências tomam o lugar da realidade. Isso o credencia à literatura fantástica, sem dúvida, mas também à comédia, exercitada aqui com desenvoltura pelo realizador Fabián Bielinsky.
Essa estréia coloca em surdina a exibição do em nada menos estimável "Chinatown" (hoje, 21h45, no Telecine Action), de Roman Polanski.



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