MARCELO DIEGO
de Nova York

"Você tem que ser livre." Foi essa a frase que abriu e caracterizou a apresentação do músico "The Artist" (novo apelido do cantor mais conhecido como ex-Prince), anteontem, em Nova York.
O concerto marcou o lançamento do disco "NewPowerSoul", produzido pela própria gravadora do ex-Prince.
Logo no começo do show, que aconteceu no Madison Square Garden, o recado de qual seria o rumo da noite foi dado numa reunião entre "The Artist", Chaka Khan e Larry Graham.

Pela Internet
Os três artistas lançaram álbuns conjuntos, pelo selo do ex-Prince, que só podem ser adquiridos pela Internet.
No palco, Chaka Khan, Larry Graham e "The Artist" provaram que têm muito em comum, além de interesses comerciais, com uma batida funk forte e cantando "You Gotta Be Free" ("Você Tem Que Ser Livre").
Quem vende discos pela Internet parece querer dar o recado de poder fazer o que bem entender. No palco, "The Artist" foi assim.
A decoração do cenário incluía o símbolo impronunciável pelo qual o ex-Prince gostaria de ser chamado, leões dourados, duas esculturas de pernas de mulheres de cerca de oito metros cada, entre outros "apetrechos".
Performático e acertando a mão no rhythm and blues, "The Artist" usou todos eles em cena.
Começou em alto-astral, com "Funky Music", um de seus novos trabalhos.
Toda a novidade do show, porém, ficou em segundo plano quando o músico decidiu fazer um apanhado de antigos sucessos.
O artista desfilou hinos como "Can't Make You Love Me", "Sex", até a inevitável e sempre cantada em coro "Purple Rain".
Nenhuma música foi cantada por inteiro, mesmo com os pedidos da platéia. Mas o show não era dela, parecia dizer o cantor.
No final, um fechamento de cortinas não muito comum. Cantando em dupla com Doug E. Fresh, "The Artist" convidou dez pessoas da platéia para subirem ao palco e se imaginarem numa festa, ao som da nova "Push It Up".
Na festa da liberdade proposta pelo artista, a noite terminou com os "convidados" dançando uma prosaica macarena no palco.



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