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32ª AMOSTRA DE SP
Comentário/show
Na última noite, National e MGMT salvam festival
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
E no último dia veio a redenção. No sábado, finalmente a
perna paulista do Tim Festival
ganhou uma cara de festival.
No encerramento do evento,
as bandas Cérebro Eletrônico,
The National e MGMT atraíram a maior quantidade de público à Arena de Eventos, a tenda montada dentro do parque
Ibirapuera, que recebeu os artistas pop do Tim Festival.
Se na quarta (atração: Kanye
West), na quinta (Klaxons) e na
sexta-feira (Gogol Bordello
mais DJs) o local não abrigou
mais do que a metade de sua capacidade (total: 4.000 pessoas),
no sábado a tenda estava com
cerca de 3.000 pessoas.
Além do bom público, ocorreram na noite de sábado os
momentos de maior brilho. Escorada por guitarra e bateria
que ecoam de Smiths a Joy Division, a voz grave do norte-americano Matt Berninger é a
alma da música do National.
Berninger fornece a devida
emoção a letras pontuadas por
belas e cortantes metáforas.
Enquanto o National é econômico nos arranjos, o MGMT,
que fechou a noite, fez um show
baseado em canções com longos riffs de guitarra e sintetizadores e atmosfera hippie.
Se em disco o MGMT é uma
dupla que passeia pelo pop, ao
vivo eles ganham a adição de
três músicos, e aí trazem alguns
excessos de Pink Floyd, de Grateful Dead.
Mas canções como "The
Youth" possuem uma inocência que desarma qualquer um.
"Electric Feel" e "Time to Pretend" fazem o público dançar, e
o hino electro-pop "Kids" ganha um belo arranjo roqueiro.
Na sexta-feira, a "noite festa", a principal atração foi o
combo étnico Gogol Bordello,
que uniu guitarra a violino e
acordeão. Foi dos artistas mais
festejados pelo público. Antes,
o americano Dan Deacon promoveu uma anarquia dance ao
tocar no meio do público.
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