São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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CRÍTICA DRAMA

Adaptação de obra clássica sofre com versos monótonos

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Filmado em 12 dias, "A Ilusão Cômica", de Mathieu Amalric, é um projeto arriscado: adaptar para os nossos dias texto teatral escrito em 1635 por Pierre Corneille (1606-1684), um dos maiores dramaturgos franceses.
A peça foi chamada de "estranho monstro" pelo próprio autor por combinar comédia e tragédia, invenção e cânone. A trama é rocambolesca, com episódios de rivalidade, traições, mortes e prisões.
Pridamant, pai de Clindor, resolve procurar o filho, que fugiu de casa há alguns anos. Para tanto, recorre a um mágico, Alcantre.
Em sua gruta, o mago mostra imagens de Clindor, que se tornara servidor de Matamore, capitão a soldo do rico Géronte e apaixonado por Isabelle, a filha deste. Clindor, no entanto, corteja Lise. Já Isabelle ama Clindor, mas deve se casar com Adrasete.
No filme, Alcantre é porteiro de um hotel de luxo, sua gruta é a sala de vigilância e as imagens de Clindor que mostra ao pai são das câmeras de segurança do hotel.
Apesar da câmera ágil e dos ótimos atores, o resultado é condicionado pela monotonia dos versos alexandrinos, que, apesar de belos, são pesados e inflexíveis.

A ILUSÃO CÔMICA
QUANDO hoje, às 20h50, no Reserva Cultural (av. Paulista, 900); 1º/11, às 21h30, no Cine Tam (av. Roque Petroni Jr., 1.089)
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO regular


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