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Catálogo transpõe mostra com rigor
FREE LANCE PARA A FOLHA
Desde que as leis de incentivo à
cultura injetaram verbas substanciais nas exposições de artes plásticas, catálogos luxuosos passaram a ser item obrigatório de
qualquer mostra. Com raras exceções, esses livros, muitos deles em
duas ou três línguas, pouco contribuem para ampliar o que se vê
nessas exposições.
O catálogo de "Brasil, da Antropofagia a Brasília - 1920-1950" faz
parte do grupo das exceções. Produzido originalmente para a primeira versão da exposição, realizada no fim de 2000 no Instituto
Valência de Arte Moderna (Espanha), o catálogo apresentava em
cerca de 600 páginas não só todas
as cerca de 600 imagens da mostra
como longos textos de seus curadores, traçando um panorama
das áreas compreendidas pela exposição em quatro décadas da
produção nacional.
Agora, ele chega às livrarias brasileiras numa versão revista e ampliada pela Cosac & Naify. "Fizemos correções em quase todas as
páginas, são detalhes, mas não
podíamos perder a oportunidade
de torná-lo mais rigoroso", afirma Jorge Schwartz, curador da
mostra e organizador do livro.
Entre as correções, Schwartz
dispôs de forma correta a capa de
"Pau Brasil", feita por Tarsila do
Amaral para o livro de Oswald de
Andrade, que no catálogo em espanhol figurava na horizontal. A
obra "Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife", um tríptico de
12,5 metros de Cícero Dias, um
dos destaques da exposição, ganhou na versão brasileira três páginas, em vez das duas do catálogo original.
O preço da versão brasileira não
é lá muito convidativo: R$ 340.
Mas quem comprar no site da editora (www.cosacnaify.com.br) tem um desconto de 40%, e o
valor cai para R$ 204.
(FCY)
BRASIL, DA ANTROPOFAGIA A
BRASÍLIA - 1920-1950. Organização:
Jorge Schwartz, com textos de
Annateresa Fabris e Jean-Claude
Bernadet, entre outros. Editora: Cosac &
Naify. Quanto: R$ 340 (638 págs).
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