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Escritor tem impacto no país
da Equipe de Articulistas
O impacto da obra do escritor argentino Julio Cortázar na cultura
brasileira mereceria um estudo.
Amigo do poeta Haroldo de
Campos, admirador da música de
Caetano Veloso e da literatura de
Osman Lins e Clarice Lispector,
Cortázar amou o Brasil e conquistou em retribuição um público leitor fiel (quase todos os seus livros
foram traduzidos aqui) e um permanente interesse intelectual por
sua obra.
Os dois novos filmes de Guilherme de Almeida Prado ("A Hora
Mágica", que abriu a última Mostra de Cinema de São Paulo) e Roberto Gervitz ("Jogo Subterrâneo",
em preparação) são baseados em
contos do autor de "O Jogo da
Amarelinha".
Nas universidades brasileiras,
não são poucas as teses sobre Cortázar.
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Obras
A mais célebre delas resultou
num livro clássico, "O Escorpião
Encalacrado", de Davi Arrigucci
Jr., elogiado pelo próprio escritor e
transformado numa obra de referência obrigatória nos estudos cortazarianos.
Recentemente, Jorge Wolff, da
Universidade Federal de Santa Catarina, publicou o pequeno e engenhoso "Julio Cortázar - A Viagem
como Metáfora Produtiva", que
investiga as várias "viagens" do
autor (geográficas, políticas, estéticas) e as relaciona com a obra de
outros escritores, como Júlio Verne e William Henry Hudson.
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Lado lúdico
Roberto Gervitz diz que Cortázar
teve uma grande influência sobre
sua geração por ter aberto muitas
portas ao mesmo tempo: estéticas,
políticas, existenciais.
"Ele nos mostrou o lado lúdico
da criação artística. O conto dele
que melhor expressa a magia da
criação talvez seja "O Perseguidor',
inspirado na vida de Charlie Parker", afirma.
(JGC)
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