São Paulo, Terça-feira, 28 de Dezembro de 1999


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OUTROS LANÇAMENTOS

Wander Wildner
Membro orgulhoso da república independente do Rio Grande do Sul, o bacanudo Wander Wildner lança seu segundo disco solo, "Buenos Dias!" (Trama) -antes, ele foi líder dos Replicantes, lembra? "Buenos Dias!" é mais roqueiro e menos bem-humorado que o impagável disco anterior, "Baladas Sangrentas" (96). Sobram rocks pesados, rocks-balada à Neil Young (os gaúchos adoram) e, no quesito sarcasmo, as debochadas "Quase um Alcoólatra" e "Jesus Voltará". Bacanudo. (PAS)

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Flu
Ex-integrante do DeFalla, o amalucado Flu inventa a "bossa tecnova" em "...E a Alegria Continua" (Trama), disco de capa Jetsons cujo encarte avisa: "Todas as músicas produzidas e arranjadas bem rápido por Flu". CD de "viajação" sideral/ instrumental (os vocais, quando há, são evanescentes), comporta desde batidas repetitivas, quase tediosas ("Tchururu"), até melodias doideira que ficam perto do sensacional (notadamente "Semáforo Bitch" e "Jet", que, perdão pela abobrinha, valem o disco inteiro); de uma ponta a outra, há jazzinho, samplers de Tom Zé, Odair Cabeça de Poeta e Capote, lounge ("Alien Brasil"), groove de elevador ("Cantando & Brincando"), arremedo de Kraftwerk ("Visita de Carla") e de Claudinho & Buchecha, ops, de videogame ("Game Amigo"). Uma graça. (PAS)

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Guns n'Roses
Axl Rose, assim como Elton John, devia manter uma prudente distância de pianos. A despeito da picaretagem à brasileira do álbum duplo ao vivo "Live Era '87-'93" (Universal), os Guns n" Roses não voltaram. Tanto melhor. Todos os hits de todos os discos "gravados pelo universo entre 87 e 93" estão aqui: "Paradise City", "Welcome to the Jungle", "November Rain" (sai do piano!), "Mr. Brownstone" e "It's Alright", tediosa música do Black Sabbath, com Axl nos teclados -credo. Como se o mundo precisasse disso. (MN)

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Marilyn Manson
Agora ele só vai ser conhecido por meio de um símbolo (ômega ou mercúrio, há indefinição) e diz que só manterá contato com a humanidade por meio do www.marilynmanson.net, site até que interessante. Marilyn Manson é o abscesso pop possível de um país como os Estados Unidos. Só lá isso poderia surgir, só lá isso é levado a sério, só lá isso choca. "The Last Tour on Earth" (Universal) é a despedida dele do contato com os humanos (não com os seus iguais). Ao vivo, o ser movido a cílios postiços, cocaína e sexo inova pouco em relação aos seus quatro álbuns e se concentra no mais recente, "Mechanical Animals" (98). "Great Big White World" e "I Don't Like the Drugs", "Rock Is Dead", "The Dope Show" e a sua versão de "Sweet Dreams" ficam pouco acima da polêmica vil. De resto, exagerou no rímel, dona Anticristo. (MN)

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