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Última Moda
ALCINO LEITE NETO - ultima.moda@grupofolha.com.br
"Só falo com Benjamin em português, diz Gisele"
Pela primeira vez, a top fala do filho recém-nascido, conta que sempre carrega uma foto da criança, que não tem babá e que só deverá vir ao Brasil dentro de "alguns meses"
"Ele é um anjinho, e me sinto
abençoada por tê-lo na minha
vida. Ser mãe é uma experiência mágica. O corpo inteiro se
transforma para isso, é realmente o milagre da vida. Estou
muito feliz, realizada!" Assim
Gisele Bündchen descreve seu
filho, Benjamin, que nasceu em
8 de dezembro, e a emoção de
ser mãe pela primeira vez.
Em entrevista à Folha, feita
por e-mail, a megatop diz que
anda sempre com uma foto do
filho e só fala com ele em português. "É importante que ele
aprenda desde pequeno, afinal
Benjamin é brasileiro também", afirma.
Ela conta que não tem a ajuda de uma babá para cuidar de
Benjamin e que está dormindo
pouco ultimamente. "É bastante cansativo, mas é um momento tão especial, que estou
curtindo ao máximo." Indagada sobre quando pretende
mostrar o bebê publicamente,
ela desconversa: "Já mostro
para todos ao meu redor".
A top também revela que
quase não engordou durante a
gravidez, o que permitiu que
retomasse o trabalho de modelo pouco mais de um mês após
o parto natural.
Gisele não veio à São Paulo
Fashion Week para desfilar para a Colcci, como sempre ocorre, mas acaba de fotografar nos
EUA a nova campanha publicitária da grife.
As imagens foram clicadas
em Boston, pelo fotógrafo hype
David Sims, com styling de
Giovanni Frasson e direção de
arte de Giovanni Bianco. Ela
posou ao lado do modelo
Danny Schwartz.
A seguir, Gisele fala ainda da
escandalosa supermagreza das
modelos, e aconselha: "A saúde
é a coisa mais importante e nada justifica colocá-la em risco.
Muitas vezes, por causa do despreparo, as meninas ultrapassam os limites".
FOLHA - Como você descreveria o
seu filho Benjamin?
GISELE BÜNDCHEN - Ele é um anjinho e me sinto abençoada por
tê-lo na minha vida.
FOLHA - Você tem acordado muito
durante a noite por causa dele? Você
conta com a ajuda de babás?
GISELE - Não tenho dormido
muito. Nestes primeiros meses,
o bebê costuma mamar de duas
em duas horas ou de três em
três horas. É bastante cansativo, mas é um momento tão especial, que estou curtindo ao
máximo. Tenho dedicado meus
dias inteiramente a ele. No momento não tenho babá, mas a
minha mãe me acompanhou
desde antes do nascimento do
Benjamin. Ela me deu um grande suporte. Não poderia pedir a
Deus melhor apoio do que este.
FOLHA - Quando fala com Benjamin, você utiliza mais palavras em
português ou em inglês?
GISELE - Eu só falo português
com ele. Acho importante que
ele seja bilíngue. É importante
que ele aprenda desde pequeno, afinal é brasileiro também.
FOLHA - Quando você espera trazer Benjamin ao Brasil? Quando você acha que poderá mostrá-lo para
todo mundo, em fotos?
GISELE - Daqui a alguns meses
provavelmente irei ao Brasil.
Eu já mostro o Benjamin para
todos ao meu redor. Sempre
ando com uma foto dele, coisa
de mãe coruja, não é?
FOLHA - No auge da gravidez, qual
era o tamanho da calça que você
usava?
GISELE - Eu me mantive em boa
forma durante toda a gravidez,
me alimentando de maneira
saudável, meditando e fazendo
exercícios, como ioga e kung-fu. Engordei um pouco, mas
continuei usando quase as
mesmas roupas, com pequenos
ajustes para fechar na barriga.
FOLHA - Como está fazendo para
voltar à forma física pré-gravidez?
GISELE - Ainda não tive tempo
de voltar a praticar exercícios.
Nos primeiros meses tudo gira
em torno do bebê. Mas pouco a
pouco vou recuperando a forma. Me ajuda o fato de não ter
engordado muito, de ter tido
parto natural e amamentar.
FOLHA - Você vai trabalhar no mesmo ritmo de antes ou vai mudar um
pouco, por causa de Benjamin?
GISELE - Tenho alguns contratos para cumprir, mas com certeza pretendo ir mais devagar e
aproveitar bastante este momento tão especial e único na
minha vida. Pretendo, sim, diminuir um pouco o ritmo.
FOLHA - Você quer ter mais filhos?
GISELE - Venho de uma família
grande e adoro a casa cheia.
Sempre quis ter mais de um filho. Quantos, ainda não sei. Cada coisa deve acontecer no seu
tempo. Agora quero curtir o
momento com o Benjamin.
FOLHA - Agora que é mãe, sente
vontade de adotar uma criança?
GISELE - Sempre tive essa vontade. Só o tempo dirá quando
pode acontecer.
FOLHA - Como você descreveria a
sua emoção de ser mãe e o que está
sentindo agora?
GISELE - É algo inexplicável. Ser
mãe é uma experiência mágica.
O corpo inteiro se transforma
para isso, é realmente o milagre
da vida. Estou muito feliz, realizada!
FOLHA - Ultimamente, nota-se nos
desfiles que as modelos estão ainda
mais magras. Você não acha que a
magreza exigida delas está se tornando um assunto muito sério?
GISELE - Já faz alguns anos que
estou fora do circuito de desfiles de moda e não tenho acompanhado muito. Acredito que
para cada profissão há um biotipo, e a profissão de modelo
exige meninas mais magras. No
entanto, a saúde é a coisa mais
importante, e nada justifica colocá-la em risco. Muitas vezes,
por causa do despreparo, as
meninas ultrapassam os limites em busca de um visual que
elas julgam ideal.
FOLHA - Quando sua carreira internacional deslanchou, você se tornou
também um símbolo da modelo
saudável e de bem com a vida. De lá
para cá, você acha que mudou muita coisa na moda e na forma como
ela pensa as modelos?
GISELE - A moda é cíclica e precisa sempre de novidades. Mas
acredito que ser saudável nunca vai sair de moda. Afinal, as
pessoas sempre se inspiram em
gente bonita e saudável.
FOLHA - Na sua opinião, quais são
os principais responsáveis por estas
verdadeiras torturas que são impingidas às modelos?
GISELE - O mercado da moda
pede um biotipo mais alto e
mais magro, já a profissão de jogador de vôlei ou de basquete,
por exemplo, exige um biotipo
bem alto, mas talvez mais encorpado. Enfim, cada meio tem
suas características.
FOLHA - Que conselhos você daria
às modelos para evitar distúrbios
alimentares?
GISELE - Cada um vai ter uma
opinião diferente sobre como
elas devem parecer e não há como agradar todo mundo. É
muito importante que elas se
mantenham saudáveis, tendo
uma boa alimentação, praticando exercícios, cuidando não
só do corpo, mas também da
mente. Com corpo, mente e alma em sintonia, elas ficarão
mais confiantes e vão se importar menos com a opinião alheia.
com VIVIAN WHITEMAN
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