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Outro lado
'Não há política cultural só com renúncia'
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de incentivo e fomento à cultura do
MinC, Roberto Nascimento, disse que o projeto oficial para alterar a Lei
Rouanet tem o propósito
de elevar, e não diminuir, o
patrocínio cultural. "Mas
queremos elevar a proporção de recursos próprios
das empresas. Não se faz
política cultural apenas
com renúncia fiscal."
Segundo ele, se existe
hoje algum desincentivo
ao patrocínio cultural, ele
é produto da crise econômica. "Essa discussão não
ocorre isoladamente.
Ocorre em uma crise. As
empresas têm sido obrigadas a rever seu nível de investimento, porque a crise
lhes impactou o capital de
giro", disse ele.
"Houve uma retração de
7% dos projetos no último
trimestre de 2008 e no primeiro trimestre deste ano,
comparados aos mesmos
trimestres de 2007 e do
ano passado."
Nascimento disse ainda
desconhecer "a base" de
empresas entrevistadas
pela Folha. E duvida de
que essa base represente o
setor privado como um todo. "O motivo é simples:
temos hoje uma baixíssima participação de empresas no patrocínio à cultura. Tem muita empresa
que nunca contribuiu."
Segundo ele, a renúncia
fiscal deve ser preservada,
mas não deve ser o mecanismo central de cultura.
"Ela não é a forma mais
adequada para fazer política pública para a cultura", afirmou.
Nascimento disse que o
Ministério da Cultura vem
conseguindo alinhar os
projetos das grandes patrocinadoras privadas à
política do governo.
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