de Nova York

Conhecido pelas cifras de bilheteria que seus filmes costumam trazer, Peter Weir enfrenta agora um novo desafio: dirigir o ator Jim Carrey em "The Truman Show".
Weir está na linha de fogo entre aqueles que adoram Jim Carrey, e exatamente por isso já esperam o estilo "comédia de caretas", e aqueles que detestam o ator, e evitam qualquer coisa que leve seu nome no elenco.
Leia a seguir trechos da entrevista que o diretor Weir concedeu a jornalistas, em Nova York, três semanas antes da estréia do filme.

Pergunta - O que mais o surpreendeu em Jim Carrey?
Peter Weir - Ele é tremendamente inventivo. Toda manhã, em uma nova cena, ele sempre tinha algo a adicionar, uma pequena idéia, um detalhe.
Foi ótimo que ele tenha vindo, eu tinha decidido que tinha de ser uma estrela para fazer esse papel. O personagem é alguém que tem sido estrela por 30 anos, só uma estrela poderia interpretar outra estrela.
Pergunta - Você acha que este filme pode ser uma grande mudança na carreira de Jim Carrey?
WeirEle adorou o script e achou que era uma boa oportunidade para fazer uma coisa diferente. Mas ele adora fazer comédias e as continuará fazendo.
Pergunta - Como ele aceitou fazer o papel por US$ 12 milhões e não por US$ 20 milhões, seu cachê habitual?
Weir - Acho que ele apenas refletiu que não é o tipo de filme para a audiência a que está acostumado.
Pergunta - Qual a sua expectativa em relação ao público?
Weir - Acho que vamos perder um pouco, principalmente com as crianças. Não há caretas. Mas meu interesse é atrair as pessoas que não gostam de Jim Carrey e não seu público tradicional, porque ele está atuando em um drama, não é um cara engraçado.
Pergunta - Que tipo de referências você procurou?
Weir - Vi vários programas de TV. Vi shows americanos, porque é a América que faz esse tipo de coisa.
Pergunta - Dennis Hopper era a primeira opção para o papel de Christof, o que aconteceu?
Weir - Eu mudei minha concepção do personagem quando comecei a filmar. Eu vi outro tipo de Christof, alguém que estaria filmando o "Truman Show", e nós projetaríamos suas imagens.
Fiz várias reuniões para discutir o Christof. Com o tempo, comecei a construir um personagem muito mais complexo do que aquele que estava no papel.



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