SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Não é o melhor ano dos estúdios Disney. Sua maior aposta para o verão americano, "Pearl Harbor", luta para apenas chegar ao azul. O grande empecilho foi o excelente desenho animado "Shrek", do rival Spielberg.
Já a tradicional estréia infantil da estação, "Atlantis - O Reino Perdido", que chega hoje a São Paulo, é o primeiro filme da Disney em cinco anos a não ser, no primeiro fim de semana, líder de bilheteria da temporada.
Tanto fracasso levou o presidente dos estúdios, Peter Schneider, a pedir demissão seis meses depois de assumir. O resumo é: se quer voltar a ganhar dinheiro, está na hora de a Disney renovar seu departamento de animação.
"Atlantis" é muito careta. Dos traços do desenho à maneira como a história é contada, passando pela própria história, tudo cheira a anos 50, no mal sentido.
Um jovem linguista (voz de Michael J. Fox no original) sonha em encontrar a lendária Atlântida, o continente que teria sido tragado pelo mar. Sua expedição é financiada por um milionário inglês, mas a equipe vai se revelar mercenária no meio do caminho.
Seria perfeito para uma criança dos anos 70; duvido que interesse ao espectador mirim típico de hoje em dia, que vai vê-lo no intervalo entre "Tomb Raider", o jogo, e "Shrek", o filme. Por falar nisso, você já viu "Shrek"?

Atlantis - O Reino Perdido
Atlantis - The Lost Empire
 
Direção: Gary Trousdale e Kirk Wise Produção: EUA, 2001 Com: vozes de Michael J. Fox e James Garner Quando: a partir de hoje nos cines Anália Franco, Eldorado, Ibirapuera, Paulista e circuito