São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002 |
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TRECHO "O inferno tinha-se deslocado. Não, proliferava como um vírus. Como os dois garotos ingleses, em fevereiro, que tinham acabado, de modo abominável, com um menino de dois anos. Quando essa informação chegara a ele, em Sarajevo, aquilo tinha iluminado o mundo todo. A Europa sucumbia (...), mostrando, assim, a verdadeira face, mais uma vez anunciadora de um crepúsculo assustadoramente tangível. A face ambivalente do yuppie canibal e humanitário. Sim, pensava ele. O século terminava com uma cereja confeitada coroando o turbilhão de chantilly. Enquanto a procurava nos confins dos Bálcãs, sem ver nada além da guerra obscura, caótica e destruidora, a história saía da sombra." DE "A SEREIA VERMELHA" Texto Anterior: "A Sereia Vermelha": Dantec abre sua literatura "diabólica" Próximo Texto: Crítica: Autor se entrega ao livro com disposição punk Índice |
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