BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em "Melinda e Melinda" (TC Premium, 22h), Woody Allen nos lembra que a vida pode ser uma comédia ou um drama, ao contar a história da protagonista sob pontos de vista diferentes. Se a opção bipolar, oito ou 80, parece ser um tanto pobre, as opções de filmes na TV paga hoje são amplas se o tema escolhido for mulheres em pontos extremos.
Tome como exemplo a mostra que o Telecine Cult preparou para Marilyn Monroe. "Adorável Pecadora" (20h) e "Os Desajustados" (22h) pegam a loira ícone em sua fase derradeira, um tanto perdida, sem conhecer seu lugar no cinema. No primeiro, já um tanto passada em vários sentidos, tem função quase decorativa, enquanto no filme de John Huston ela tenta provar que é atriz de talento, como se o drama fosse lhe dar um reconhecimento maior que a comédia.
Outras duas loiras também caminham em campos opostos, e em filmes como "Legalmente Loira" (TC Pipoca, 22h) e "Kill Bill: Vol. 1" (Max Prime, 23h30), a cor do cabelo é fator determinante. Enquanto no primeiro Reese Witherspoon usa o clichê da loirice como indicativo de pouca inteligência, Uma Thurman exibe cabelos perigosos de mulher fatal.
Mais opções? Tem ainda Sharon Stone e sua cruzada de pernas em "Instinto Selvagem" (TNT, 22h) e a fofa Renée Zellweger em "O Diário de Bridget Jones" (Universal Channel, 21h). Aqui, a escolha é entre o sexo e a abstinência.


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