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Livro é maior trunfo da editora
de Paris
A edição do livro perdido de Alexandre Dumas é o principal acontecimento da história da editora
La Fontaine de Siloé, sediada na
pequena cidade de Montmélian
(5.311 habitantes), na Sabóia.
A editora tem apenas seis funcionários e é especializada em livros sobre a região. A obra de Dumas é sua primeira publicação de
um autor de expressão nacional.
Segundo Jacques Bourdon, dono da editora, as tiragens dos livros que publica ficam entre 3.000
e 4.000 exemplares. A tiragem inicial, de 3.000 cópias, de "La Royale Maison de Savoie" esgotou-se
em duas semanas, e Bourdon já teve que preparar uma nova rodagem, agora de 5.000 exemplares.
Considerando que outros três
volumes da saga escrita por Dumas ainda serão publicados, a expectativa de bons negócios da editora é maior do que nunca.
"Quem poderia supor que o genial escritor consagraria cerca de
2.000 páginas à família real da Sabóia?", pergunta Bourdon na
apresentação do livro.
Para o historiador André Palluel-Guillard, a publicação e o sucesso que a obra vem obtendo nas
livrarias teve também um certo
gosto de revanche da província
contra a capital francesa.
Em 1988, ele e seu colega Lucien
Chavoutier enviaram uma cópia
do livro a uma série de especialistas em Paris. Nenhum enviou uma
resposta. "Essa foi uma atitude típica da arrogância e da grosseria
dos intelectuais parisienses", afirma hoje Palluel-Guillard.
(RA)
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