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Clube do Fetiche
da Redação
Quando estreou no Brasil, "Clube do Fetiche" já vinha com a credencial de ter sido enorme sucesso
em seu país, a Inglaterra. Exibido
na Mostra de Cinema de São Paulo, o filme prometia polêmica.
Bem, ficou só na promessa. Num
país acostumado a peitos e bundas
nas praias, avenidas e clubes, não
podia passar muito disso.
O filme é uma comédia sobre o
escândalo provocado por um clube underground em que são praticadas diversas formas de sexo
não-ortodoxo.
A dona, Tanya Cheex (Guinevere Turner, atriz norte-americana
que trabalhou mesmo em um clube sadomasoquista de Nova
York), comanda um exército de
"escravos" que fazem favores sexuais e a chamam de "ama".
Um deputado conservador resolve colocar essa gente atrás das
grades, apesar de eles não atrapalharem ninguém na prática. Para
isso, contrata o jovem Peter
(Christien Anholt), cristão e virgem, para se infiltrar no clube.
Sempre resistente às práticas,
Peter provoca certa desconfiança,
mas, como simpatiza com ele,
Tanya o deixa ficar.
O rapaz ficará dividido entre sua
fé e o compromisso com o deputado e o amor por Tanya.
Tratando o assunto de forma leve, "Clube do Fetiche" pode servir para criar uma certa simpatia
do público pelos sadomasoquistas. No entanto, não chega lá: pretende-se comédia, mas não tem
graça, aborda assunto polêmico,
mas é ingênuo, e não consegue
nem sequer se aproximar do erótico.
(MaM)
Filme: Clube do Fetiche
Produção: Inglaterra, 1997, 100 min
Direção: Stuart Urban
Com: Guinevere Turner, Christien Anholt
Lançamento: Cannes (011/7295-7020)
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