São Paulo, segunda, 29 de junho de 1998

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Clube do Fetiche

da Redação

Quando estreou no Brasil, "Clube do Fetiche" já vinha com a credencial de ter sido enorme sucesso em seu país, a Inglaterra. Exibido na Mostra de Cinema de São Paulo, o filme prometia polêmica.
Bem, ficou só na promessa. Num país acostumado a peitos e bundas nas praias, avenidas e clubes, não podia passar muito disso.
O filme é uma comédia sobre o escândalo provocado por um clube underground em que são praticadas diversas formas de sexo não-ortodoxo.
A dona, Tanya Cheex (Guinevere Turner, atriz norte-americana que trabalhou mesmo em um clube sadomasoquista de Nova York), comanda um exército de "escravos" que fazem favores sexuais e a chamam de "ama".
Um deputado conservador resolve colocar essa gente atrás das grades, apesar de eles não atrapalharem ninguém na prática. Para isso, contrata o jovem Peter (Christien Anholt), cristão e virgem, para se infiltrar no clube.
Sempre resistente às práticas, Peter provoca certa desconfiança, mas, como simpatiza com ele, Tanya o deixa ficar.
O rapaz ficará dividido entre sua fé e o compromisso com o deputado e o amor por Tanya.
Tratando o assunto de forma leve, "Clube do Fetiche" pode servir para criar uma certa simpatia do público pelos sadomasoquistas. No entanto, não chega lá: pretende-se comédia, mas não tem graça, aborda assunto polêmico, mas é ingênuo, e não consegue nem sequer se aproximar do erótico. (MaM)
Filme: Clube do Fetiche Produção: Inglaterra, 1997, 100 min Direção: Stuart Urban Com: Guinevere Turner, Christien Anholt Lançamento: Cannes (011/7295-7020)


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