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'Conexão Brasil' mostra fronteira
ROGER MODKOVSKI
da Agência Folha, em Curitiba
Depois de "Matadores", de Beto Brant, mais um filme tenta contar um pouco da complicada história das fronteiras brasileiras.
É "Conexão Brasil", longa metragem de ação ambientado entre
Brasil, Paraguai e Argentina, que
deve ficar pronto em setembro.
Com uma hora e meia de duração, "Conexão" está sendo produzido por um grupo liderado pela Tigre Produções, de Cascavel
(oeste do Paraná), e pela TV Tarobá (retransmissora da Bandeirantes na região).
A direção é de Luís Carlos Lacerda ("For All") e Antônio Marcos
Ferreira. Dividem a direção de fotografia César Pilatti, de Cascavel,
e Cézar Elias ("Navalha na Carne").
No elenco, há uma mistura de
atores locais e argentinos. Um dos
atores, Talício Cirino, é também o
roteirista.
O enredo é simples: um presidiário sai da cadeia e sequestra a mulher do ex-policial que, anos atrás,
fora o responsável por sua prisão e
pela morte de seu companheiro.
"Conexão Brasil" foi parcialmente financiado com recursos da
lei de Incentivo à Cultura, mas,
para fechar o orçamento do longa-metragem, estimado em cerca
de R$ 700 mil, os produtores estão
tendo de apelar para expedientes
inusitados.
Entre eles, trazer para exibição
em Cascavel a megaprodução
"Titanic". O filme está sendo
mostrado no único cinema que
sobrou na cidade -que pertence à
Tigre-, com arrecadação revertida para "Conexão".
A produtora também promoveu, na cidade, um torneio de artes marciais, que teve 500 participantes. O dinheiro das inscrições
foi embolsado pela produção, e algumas cenas de luta foram gravadas para o filme.
A produção também tem o apoio
da Secretaria da Cultura do Paraná.
Cerca de 40% das cenas já foram
gravadas, em Cascavel. A intenção
da produtora é começar a segunda
etapa das filmagens -que envolvem uma equipe de 70 pessoas-
em agosto, em locações no Paraguai e nas cidades argentinas de
Buenos Aires e Posadas.
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