São Paulo, segunda, 29 de junho de 1998

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Pampulha é marco de BH

Folha, em Belo Horizonte

A Casa do Baile foi construída nos anos 40 e é uma das mais belas construções do conjunto arquitetônico da Pampulha.
Seus salões abrigaram grandes bailes, onde políticos e a elite local atravessavam madrugadas.
O prefeito de Belo Horizonte na época, Juscelino Kubitschek -famoso "pé-de-valsa"-, era uma das presenças constantes.
Nos anos 50, a casa já não era mais a mesma e, como a região, caiu na chamada "maldição da Pampulha".
O cassino do local teve vida efêmera, já que o então presidente Dutra proibiu o jogo em 46.
Em 1954, rompeu-se a barragem da lagoa. A igreja de São Francisco de Assis, devido à sua aparência inovadora, sofria resistências em ser abençoada pela arquidiocese local.
Depois, a barragem foi consertada, o cassino virou museu e a igreja foi finalmente abençoada em 59.
Mas a Casa do Baile nunca mais foi a mesma. Permaneceu vários anos fechada, um "covil de mendigos", segundo Priscila, e foi arrendada ao setor privado diversas vezes, transformando-se em restaurante, pizzaria e bar. A descaracterização foi inevitável.
O projeto original do conjunto arquitetônico da Pampulha previa a construção também de um hotel e um campo de golfe, idéia que não vingou, mas que ilustra a intenção dos idealizadores de criar um reduto para a elite.



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