São Paulo, Terça-feira, 29 de Junho de 1999
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Guitarrista Buck diz que prefere discos mais intimistas da banda

de Londres

O guitarrista Peter Buck adora os Mutantes, toca numa banda de jazz nos EUA e odeia samplers. "Por mim, nunca usaremos muita tecnologia na nossa música, o REM é uma banda de rock", disse.
"É pura moda, não há como evitar. Mas eu não me preocupo. Tem gente que acha que os computadores vão prender as pessoas diante das telas e elas serão prisioneiras das máquinas, mas eu acordei hoje de manhã e vi um monte de gente andando na rua, assim como ontem e provavelmente amanhã também, então estou tranquilo", disse o guitarrista.
Buck, um comprador contumaz de álbuns de música pop, diz que cada vez mais o rock americano e o britânico estão parecidos. "Veja o Radiohead, aquilo não é britpop, é universal, é maior do que os rótulos. Acho que os formatos estão mais flexíveis hoje."
O guitarrista, assim como Stipe, disse que a banda ainda sente demais a saída de Bill Berry. Apesar de ser o responsável pelos sons distorcidos de uma guitarra barulhenta, que se soltou com mais ênfase em discos como "Monster" e "New Adventures in Hi-Fi", Buck gosta mesmo é dos discos mais intimistas da banda, como "Automatic for the People" e "Up".
"Acho que são os nossos trabalhos mais maduros, e têm a nossa cara. Mas estamos mudando as músicas do último disco ao levá-las para o palco. Hoje elas são bem diferentes do que eram quando o disco foi lançado."
Se depender do entusiasmo do guitarrista, o Brasil não vai demorar muito a ouvi-las ao vivo. "Quase fomos, mais de uma vez, mas agora existem planos mais concretos. Queremos ir a um festival no Brasil, de preferência durante o verão", completou. (SC)

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