São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2008

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Televisão/Crítica

Tempo ressalta papel catártico de "Platoon"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que fez o sucesso de "Platoon" (TCM, 22h; classificação indicativa não informada) foi, em boa parte, o fato de ser uma história do Vietnã narrada por quem esteve lá. Oliver Stone tinha sido soldado, e quem melhor do que um soldado para descrever a vida de colegas da infantaria nos combates?
Revisto hoje, o que mais impressiona em "Platoon" não é a guerra ali representada, mas o papel do cinema na sociedade americana. Antes de ser bom ou mau, este era um filme necessário para lavar as manchas de uma guerra catastrófica.
Convém lembrar que os EUA de 1986 já haviam se reconciliado consigo mesmos (anos antes, com "O Franco-Atirador", sobretudo), mas ainda faltava o "relato vivido".
Para não-americanos, pelo menos, a revisão de "Platoon" 20 e tantos anos depois tende a ser um pouco esquisita. De modo geral, o filme parece ter como efeito ter servido mais do que tudo, por seu papel catártico, para liberar e vacinar os Estados Unidos para futuras empreitadas bélicas.


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