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Cenografia opta pela discrição
especial para a Folha
Em "Benguelê", a coreografia de
Rodrigo Pederneiras se harmoniza
mais uma vez com os figurinos de
Freusa Zechmeister e a cenografia
de Fernando Velloso e Paulo Pederneiras, também responsável
pela iluminação.
Cada vez mais coesa, essa equipe
de criação valeu-se de rigor especial na ambientação de "Benguelê". "Evitamos o visual exótico e os
enfeites, para privilegiar o simples
e o essencial", diz Velloso. Sem referências explícitas ao caráter africano da coreografia e da música, a
cenografia opta pela discrição, insinuando-se no espaço cênico.
Mesmo a passarela de dois metros de altura, colocada no fundo
do palco, é um elemento velado,
para criar a impressão de que os
bailarinos dançam no ar.
A horizontalidade desse espaço
contrasta com as listas verticais
dos painéis feitos de tiras de borracha, que marcam o início e o encerramento do espetáculo. "Além de
criar efeitos de ondulação, as listas
remetem às fitas do congado", explica Velloso.
(AFP)
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