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TERRORISMO
Repórter flagra e explica Londres pós-ataque
LUCIANA COELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O repórter britânico Peter Taylor estava investigando a ameaça
terrorista sobre Londres havia um
ano quando, na manhã de 7 de julho de 2005, sua hipótese tenebrosa tornou-se real: quatro homens-bomba detonaram seus explosivos em três estações de metrô e
num ônibus, matando 52 pessoas.
No calor da tragédia, Taylor somou ao material que já tinha os
depoimentos de três sobreviventes dos ataques (dois dos quais
acompanhou no próprio dia da
tragédia) e entrevistou líderes islâmicos locais e seus seguidores
ainda chocados com o ocorrido
(os quatro terroristas -três britânicos e um jamaicano radicado
no país- eram muçulmanos).
A mistura de emoções flagradas
logo após os ataques à extensa
apuração prévia rendeu uma edição especial do Panorama, programa premiado da rede britânica BBC, que o GNT exibe hoje como "Londres na Mira do Terror".
O "timing" tem seus contras:
por ter sido exibido pela BBC apenas três dias após o atentado, o
programa acaba desatualizado
para o telespectador brasileiro.
Por exemplo: Taylor não podia
afirmar naquele momento que os
ataques foram executados por
suicidas, algo atestado depois.
Mesmo assim, merece atenção.
Além dos testemunhos dos sobreviventes ainda com sangue nas
roupas, a reportagem reúne de
entrevistas com responsáveis por
caçar terroristas nos EUA e na Espanha, que explicam como a rede
Al Qaeda mudou sua estrutura
desde o 11 de Setembro, ao impressionante depoimento de um
clérigo muçulmano que mantém
um website de divulgação para vídeos de ataques no Iraque e instruções para fazer uma bomba.
Oferece também uma possível
explicação para o fato de a capital
britânica ter sido poupada por
tanto tempo, a despeito de seu alinhamento aos EUA: vigorava ali,
segundo especialistas, um "pacto
de segurança" entre os terroristas,
que não atacavam, e as autoridades, que não os prendiam.
Londres na Mira do Terror
Quando: hoje, às 12h30, no GNT
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