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Misógino sim, mas ainda
um filmaço
SÉRGIO DÁVILA
DA REPORTAGEM LOCAL
Freqüentemente, enredos misóginos dão bons
filmes, como "O Resgate do
Soldado Ryan", de Spielberg,
em que mulheres não surgiam
nem em plano secundário.
É o caso deste "Mestre dos
Mares", um bando de homens
dirigidos por Peter Weir, sem
nenhum personagem feminino, fora as embarcações. É a velha obsessão do diretor: o isolamento como forma de superação e evolução pessoais.
É assim nesta aventura, em
que uma tripulação liderada
pelo capitão Jack Aubrey (Russell Crowe, sóbrio), tenta localizar e capturar a embarcação
francesa inimiga Acheron,
mais rápida e moderna -metáfora do amor impossível?
No caminho, eles têm de superar o mar e as condições da
vida a bordo no século 18 e,
com isso, vão se tornando homens melhores. Para tanto
contam com a liderança de Aubrey e seu contraponto ilustrado -e melhor amigo-, o cirurgião Stephen Maturin (Paul
Bettany, ótimo).
Resume o longa todo o incidente que leva a tripulação a
ancorar nas Galápagos -
exemplo acabado do isolamento, armado pela natureza para
testar seus seres vivos. Em duas
palavras: um filmaço.
Mestre dos Mares
Master and Commander
Produção: Reino Unido, 2003
Direção: Peter Weir
Com: Russell Crowe, Paul Bettany
Quando: a partir de hoje, nos cines
Frei Caneca, West Plaza e circuito
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