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Premiação acontece hoje
ADRIANE GRAU
enviada especial a Park City
O Sundance Festival termina
hoje com a premiação dos preferidos do júri e do público. Especulações em torno dos vencedores vêm aumentando durante a semana, alimentadas
por sessões especiais para a imprensa, entrevistas e festas.
O consenso é que neste ano os
documentários foram mais
fortes na mostra competitiva.
Na competição dramática,
será escolhido o Grande Prêmio do Júri e se sobressaem filmes em que ninguém apostava.
"Three Seasons", estréia na
direção de Tony Rui, 26, mostra o Vietnã contemporâneo
em uma narrativa surpreendente. Mesmo se não vencer, o
cineasta é uma das revelações
do festival.
O divertidíssimo "Happy, Texas", de Mark Illsley, chegou à
cidade sem distribuição, teve
sessão extra para a imprensa e
acabou tendo os direitos de distribuição adquiridos pela Miramax por US$ 10 milhões.
"The Autmn Heart", de Steven Maler, foi aplaudido de pé e
gerou lágrimas na platéia. É o
maior concorrente de "Happy,
Texas".
Este ano também abundam
títulos que merecem o Prêmio
de Cinema Latino. O poético
"Bajo California. El Limite del
Tiempo", de Carlos Bolado,
transcende fronteiras e mistura
simbolismo e arte em cenas
marcantes. Parece ser o que
mais se aproxima do gosto do
júri por diretores iniciantes e
idéias exóticas.
"La Vida Es Silbar", de Fernando Perez, deveria ser
"hours-concours", após ter levado nove prêmios em Havana.
"The Lovers of the Artic Circle", de Julio Mendem, desapontou a audiência. "Ação entre Amigos", de Beto Brant,
agradou a imprensa e confundiu o público que não é familiar
com o regime militar no Brasil.
Entre os diretores que são
responsáveis pelo troféu Filmmakers, é "Run Lola Run", de
Tom Tykwer, o mais comentado. Também bastante assistido
foi Emir Kusturica, que parece
personificar o ideal de cineasta
independente e apresentou
pessoalmente seu "Black Cat,
White Cat". Outros talentos reconhecidos pela categoria são
Carlos Bolado, por "Bajo California", e Thom Fitzgerald, por
"Beefcake".
Os prêmios mais surpreendentes são sempre o Waldo Salt
de roteiro, o de direção e o de
excelência em cinematografia.
Sobre esses, poucos se sentem à
vontade para especular.
No vale-tudo para chamar a
atenção do público e da crítica,
houve abundância de concertos musicais. Sheryl Crow
atraiu uma pequena multidão
ao tocar em um escuro porão
para comemorar sua estréia na
tela em "The Minus Man".
O documentário "Genghis
Blues" levou para a Main Street
a exótica música de Tuva na
voz de Kongar-ol-ONdar e Paul
Pena. O ator Kevin Bacon fez
um show na cidade com sua
banda, The Bacon Brothers.
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