São Paulo, sexta-feira, 30 de março de 2007 |
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THIAGO NEY "Fast-music"
Em vez de fechar contrato para fazer um álbum inteiro, gravadora assina com banda para apenas duas canções A história saiu no caderno de economia do "New York Times" nesta semana. Alguns números motivam essa estratégia: neste ano, a venda de discos caiu 16%, enquanto a venda de download de canções subiu 54% nos Estados Unidos, em comparação com o mesmo período de 2006, segundo a Nielsen SoundScan. A justificativa? Aquela que a gente já conhece: ninguém quer torrar dinheiro num álbum apenas "mais ou menos"; as pessoas preferem comprar apenas as músicas que gostam. A estratégia da Universal com o Candy Hill é novidade nos EUA, mas no Pará isso é feito há algum tempo. É como funciona o tecnobrega. Cantores, produtores e bandas gravam quatro músicas. As músicas são tocadas nas aparelhagens e nas rádios. As de maior sucesso são compiladas em CDs piratas e vendidas por camelôs. E os artistas ganham dinheiro tocando em festas e shows. Você lê a história do Candy Hill e pensa que o CD já era, que nunca mais ninguém vai fazer álbum, que vamos voltar à era do compacto, como nos anos 50, e tal. E, aí, na semana passada, uma banda indie como o Modest Mouse (tudo bem, eles são da SonyBMG, mas indies de espírito...) vende 130 mil cópias de seu último disco e chega ao primeiro lugar da parada americana, na frente de cantores do "American Idol"... Já que os discos estão definhando, vá atrás desses dois antes que eles empacotem: "Ed Rec. Vol. 2", compilação do selo francês Ed Banger com faixas de Justice, SebastiAn, Uffie; e "Sound of Silver", do LCD Soundsystem (já falei desse?). thiago@folhasp.com.br Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: CDs - DVDs Índice |
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