São Paulo, sexta-feira, 30 de março de 2007 |
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CDs Eletrônica/hip hop Time Freeze 1995/2007: The Best of ASIAN DUB FOUNDATION Gravadora: EMI; Quanto: R$ 33,50, em média Avaliação: ótimo Mais de uma década após lançar seu primeiro single, "Rebel Warriors" (1994), o ADF soa tão atual e instigante quanto em sua estréia -prova disso é essa coletânea. O coletivo britânico alia uma sonoridade pesada, feita a partir da mistura de hip hop, drum'n'bass, dub, ritmos orientais e percussão, ao engajamento político, em letras como a do clássico "Free Satpal Ram" e de "Naxalite", ambas do CD "Rafi's Revenge". POR QUE OUVIR: o ADF é um dos melhores grupos a sintetizar a mescla de estilos que caracterizava a virada dos 90 para os anos 2000; além disso, o disco traz duas (ótimas) músicas novas. (ADRIANA FERREIRA SILVA) Samba Samba Novo VÁRIOS Gravadora: Som Livre; Quanto: R$ 18, em média; Avaliação: bom É curioso que a idéia do álbum "Samba Novo" tenha sido reunir trabalhos inéditos de autores e cantores que, como ficou clichê dizer, vêm revitalizando o samba no Rio: Teresa Cristina, Nilze Carvalho, Roberta Sá, Monobloco e outros. O que menos se ouve nas 15 faixas são sons do chamado samba carioca, aquele que nasceu no bairro do Estácio na década de 1920 e que continua hegemônico -no Rio e no resto do Brasil. Tem samba-de-roda, jongo, ijexá, maxixe... A curadoria de Rodrigo Maranhão é surpreendente, bem parcial, mas tem qualidade. O samba-enredo "Reza Forte", com Serjão Loroza, é prova disso. POR QUE OUVIR: para conhecer os jovens Flávia Bittencourt ("Parangolé") e Raphael Gemal ("Fubá"). (LUIZ FERNANDO VIANNA) Erudito Espelho ANIMA Gravadora: Independente; Quanto: R$ 30, em média. Avaliação: bom Luiz Fiaminghi (rabecas brasileiras), Valeria Bittar (flautas), Patricia Gatti (cravo), Isa Taube (voz), Dalga Larrondo (percussão) e Ricardo Matsuda (viola brasileira) integram o Anima -grupo campineiro formado em 1988 sob os auspícios do saudoso Jose Eduardo Gramani- que lança agora seu quarto CD, com patrocínio da Petrobras e mantendo o cuidado na escolha do repertório e apuro na execução que marcaram os discos anteriores do grupo. POR QUE OUVIR: O Anima faz uma fusão peculiar entre a música de tradição oral brasileira e a poética medieval de raiz européia, erodindo criativamente as barreiras entre erudito e popular. (IRINEU FRANCO PERPETUO). Eletrônica Go - The Very Best of Moby Remixed MOBY Gravadora: EMI; Quanto: R$ 35; Avaliação: ruim No início de sua carreira, Moby tentou de tudo um pouco: tecno, trance e até punk rock. Achou uma mina com a eletrônica soul de "Play". Agora, está espremendo o suco até a última gota. Este disco de remixes poderia trazer alguma novidade se os produtores fossem corajosos o suficiente para correr riscos, transformar faixas como "Natural Blues", "Porcelain", "Why Does My Heart..." em canções novas. Mas, não; o que fizeram foi acelerar as músicas para elas encaixarem no playlist de alguma festa farofa. POR QUE NÃO OUVIR: das 19 versões, apenas duas prestam. Curiosamente, feitas a partir da mesma música: "Go", pelas mãos de Vitalic e de Trentemoller. (THIAGO NEY) Pop Eu Nunca Disse Adeus CAPITAL INICIAL Gravadora: SonyBMG; Quanto: R$ 35; Avaliação: péssimo O pior que pode acontecer a um artista mediano é crer que não tem mais o que provar. O quarteto liderado por Dinho Ouro Preto contaminou até seu letrista Alvin L (um dos melhores entre seus pares) com esse sentimento. O resultado é um jingle rock de lugares-comuns e arranjos esquemáticos para rádios e profundo como pires. Por mais adolescente que seu público tenha se tornado após o "Acústico MTV", o Capital não tem por que cantar "A Vida É Minha (Eu Faço o que Eu Quiser)". POR QUE NÃO OUVIR: Nas 13 canções, existe apenas um verso realmente Alvin L ("Dos sete pecados capitais/ eu não sei qual eu gosto mais") , em "Má Companhia". O resto, musical e liricamente, foi feito para agradar. (MÁRVIO DOS ANJOS) DVDs Pop Live in London & New York CORINNE BAILEY RAE Gravadora: EMI; Quanto: R$ 50, em média. Avaliação: bom Com apenas um álbum, pode parecer estranho a cantora inglesa de soul Corinne Bailey Rae já estar lançando um DVD. Mas, o fato se justifica pelo enorme sucesso que fez no mundo todo e pelo estado da indústria fonográfica. Para transformar o DVD em ocasião especial, a cantora preparou um show com produção caprichosa, em que canta acompanhada de cordas e sopros, além de sua banda, e com belos cenário e iluminação. O clima todo é de clima gracinha, leve e despojado, apesar da superprodução. POR QUE VER: simpática, com bonito timbre e músicas agradáveis, Corinne faz um show gostoso de assistir. (RONALDO EVANGELISTA) Texto Anterior: Thiago Ney: "Fast-music" Próximo Texto: Música - Crítica/samba: Clara Moreno amadurece e troca beats por ritmo sincopado Índice |
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