São Paulo, segunda, 30 de março de 1998

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DiCaprio vira mania e interpreta vilão

Divulgação
Leonardo DiCaprio vira mania e está agora em "O Homem com a Máscara de Ferro"


CLÁUDIA PIRES
de Nova York

Leonardo DiCaprio, 23, é a personalidade mais assediada entre os novos astros de Hollywood. Mesmo sem ter sido indicado ao Oscar por "Titanic", o sucesso do filme -cuja bilheteria nos EUA deve superar "Guerra nas Estrelas" nos próximos dias-, transformou DiCaprio em uma espécie de mania.
O sucesso com o papel de um rapaz romântico, porém, não motivou DiCaprio a procurar outros filmes do gênero. "Eu nunca fui muito fã de romances", afirma.
Em seu novo filme, "O Homem da Máscara de Ferro", DiCaprio faz papel duplo, o do rei Luis 14 e de seu irmão gêmeo, Philipe. O rei, frio e cruel, é o primeiro vilão da carreira dele. "Foi bom mudar e interpretar alguém com características malignas."
O elenco do filme, que estréia nos EUA no próximo dia 13 de abril (dia 17 no Brasil) é grandioso. Para interpretar os três mosqueteiros, o diretor Randall Wallace reuniu Gerard Depardieu, John Malkovich e Jeremy Irons. O grupo é completado por Gabriel Byrne, que faz D'Ártagnan (veja texto ao lado). Mas a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do filme deve ficar com DiCaprio.
Para Gabriel Byrne, existem poucos atores jovens que poderiam fazer o que ele tem feito. "Ele merece o que tem acontecido. É sincero e autêntico e -o mais importante- um ótimo ator."
"Leonardo é um ator instintivo e muito perfeccionista. Ele não precisa de dicas ou conselhos", afirmou Jeremy Irons. Os veteranos concordam, porém, que a maneira como DiCaprio vai administrar a fama daqui para a frente será decisiva para sua carreira.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida por Leonardo DiCaprio em Nova York, durante o lançamento de "O Homem da Máscara de Ferro":
Folha - Como foi atuar com atores tão consagrados?
Leonardo DiCaprio -
Foi muito interessante trabalhar com atores com estilos completamente diferentes. Acho que durante todo o tempo olhei para a situação pensando que era uma honra estar trabalhando com eles.
Folha - O que você aprendeu desses grandes atores?
DiCaprio - Eu adorei observá-los no desenvolvimento de suas performances, individualmente e em conjunto. Cada um tem seu estilo pessoal, mas todos buscaram o mesmo resultado final.
Folha - Qual foi a parte mais difícil das filmagens?
DiCaprio - Usar a máscara. Fiquei claustrófobo. É inimaginável usar uma coisa daquelas por seis anos, que é o que acontece com o personagem. A minha foi feita de acrílico, bem mais leve e só a usei por metade de um dia, no máximo.
Pergunta - Como você está sentindo com todo o sucesso e as atenções que vem captando?
DiCaprio -
É claro que me sinto muito orgulhoso e privilegiado. Mas existem coisas ruins e boas a respeito. Uma das ruins é que minha vida está mudando. Mas é claro que agora estou tendo mais oportunidades.
Pergunta - Você deve estar em contato com muitos novos roteiros. Quais são suas prioridades?
DiCaprio -
Eu estou olhando com cuidado para todas as oportunidades que tenho e muitas parecem boas. Vou ter escolher aquilo que realmente me mover, tenho que me sentir realmente atraído por um roteiro.
Pergunta - Os roteiros românticos interessam mais?
DiCaprio -
Não. Na verdade, nuca fui muito fã romances. Mas eu olho para esses filmes que fiz e não os classifico como aventuras ou romances. Acho apenas que foram bons filmes.
Pergunta - Que explicação você daria por não ter sido indicado ao Oscar por "Titanic"?
DiCaprio -
Acho que não existe explicação para isso e não creio que seja importante. Estou honrado por ter feito parte de "Titanic" .



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