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Compositor não recebe por "Silvio Santos Vem Aí"
DA REPORTAGEM LOCAL
Se Archimedes Messina
não tem um "a" para reclamar dos 23 anos em que trabalhou para a Varig, com Silvio Santos a história é outra.
Em 1965, ele ainda não era
dono do baú e pediu ao colega Messina para criar uma
musiquinha que usaria em
seu novo programa de TV.
Surgiu "Silvio Santos Vem
Aí" ("Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar").
Do mundo não se leva nada,
mas Messina afirma jamais
ter sido pago pela execução
do jingle nesses mais de 30
anos de domingos. Recentemente, a música passou a ser
veiculada em dias de semana
também, nos novos programas apresentados por Silvio.
Seu Messina tentou ser
atendido pelo homem várias
vezes, em vão. Há pouco
mais de cinco anos, meio
contra sua vontade, concordou com a família e entrou
na Justiça. Já ganhou em primeira instância, o SBT recorreu, ganhou de novo.
Pela última decisão, teria
de receber por todos os anos
de execução, em valor a ser
calculado, além de 500 salários mínimos (R$ 175 mil) de
danos morais e multa de R$
1.000 a cada vez que "Silvio
Santos Vem Aí" fosse tocada
sem sua autorização.
Há um ano e meio, Messina conta ter sido chamado
ao SBT por Guilherme Stoliar, sobrinho e conselheiro
de Silvio Santos. "Ele me
abraçou, falou que direito
autoral é sagrado, que faríamos um acordo. Mas nunca
mais me procurou."
Na última quinta-feira, a
emissora, procurada pela
Folha, afirmou apenas ter
recorrido ao Superior Tribunal de Justiça.
(LM)
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