São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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Suassuna, 80

Às vésperas de seu 80º aniversário, Ariano Suassuna volta à poesia em "livro 1" da saga "A Pedra do Reino"; minissérie, aulas-espetáculo e teatro marcam homenagens ao escritor

Leo Caldas/Folha Imagem
Ariano Suassuna, em sua casa em Recife


EDUARDO SIMÕES
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

Às vésperas de completar 80 anos, o romancista, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna parece viver cercado de sua obra. À saída de sua casa em Recife -uma mansão de 1870, cuja coleção de arte popular seria cenário perfeito para suas peças e livros-, a reportagem da Folha se deparou com um "personagem" que poderia facilmente pertencer à galeria de tipos picarescos de Suassuna, como João Grilo e Chicó, de "O Auto da Compadecida. Espécie de Sancho Pança do quixotesco autor, o taxista Ademir Chacon, 47, costuma transportar, em seu xucro Gol 1996, os visitantes, a família e o próprio "seu" Suassuna, que assevera: "O carro não é novo, mas o motorista é de confiança".
Curiosamente, Chacon também é o nome da rua que há quase 50 anos é o endereço recifense do escritor, nascido no dia 16 de junho de 1927 em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, na Paraíba. Ali, num dos 12 cômodos da casa de pé-direito altíssimo, cercado de manuscritos e ilustrações empilhados em cadeiras, uma escrivaninha e uma cama, Suassuna corre para concluir seu epopéico projeto de escrever "preqüências" e seqüências para "A Pedra do Reino", romance de 1971, em que promete voltar à poesia.

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