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Crítica/"Dimensões Variáveis"
Jovens em ascensão tiram salão da inércia
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Há quase 20 anos, o piso
Caio Graco, do Centro
Cultural São Paulo
(SP), abriga o projeto Programa
de Exposições, uma espécie de
salão para o qual artistas, em
geral jovens, concorrem para
conseguir um espaço ao longo
do ano.
"Dimensões Variáveis", mostra que atualmente ocupa o piso Caio Graco, prova como esse
difícil espaço pode ser bem
ocupado, se houver uma curadoria. Justamente por isso, revela-se a necessidade de se repensar o Programa de Exposições, que se tornou um tanto
burocrático.
Com curadoria de José Augusto Ribeiro, "Dimensões Variáveis" apresenta quatro artistas em ascensão na cena contemporânea. São eles Daniel
Acosta, Felipe Cohen, Marcius
Galan e Nicolás Robbio, todos
conhecidos por obras que ocupam o espaço expositivo de forma instigante.
Galan, por exemplo, camufla
um de seus trabalhos na sinalização dos hidrantes do local, ao
mesmo tempo em que apresenta algumas obras que se apropriam de sinalização urbana.
Esse diálogo com a cidade e
seus elementos visuais pode ser
visto também nas obras de
Robbio, Cohen e Acosta, cada
um problematizando essa
questão de diferentes formas e
estilos.
Poucas paredes, obras que se
espalham pelo piso todo e dialogam com a cidade, aproveitando o ambiente envidraçado
de Centro Cultural. Tudo isso
revela que estava na hora de a
instituição sair da inércia de
um programa que teve sentido
quando criado e já estava em
decadência há muito tempo.
DIMENSÕES VARIÁVEIS
Quando: de ter. a sex., das 10h às 20h;
sáb. e dom., das 10h às 18h; até 4 de julho; livre
Onde: Centro Cultural SP (r. Vergueiro,
1.000, tel. 0/xx/11/3397-4002)
Quanto: entrada franca
Avaliação: ótimo
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