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COPIÃO
Miramax provoca duelo entre Meirelles e Babenco
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia da Miramax de lançar "Cidade de Deus"
(2002), de Fernando Meirelles,
ao Oscar 2004 pode prejudicar
as pretensões de "Carandiru"
(2003), de Hector Babenco.
Candidato pelo Brasil a melhor filme estrangeiro em 2003,
"Cidade de Deus" foi recusado
pela Academia de Hollywood,
numa decisão prevista pela Miramax.
A distribuidora avisou a Meirelles que ele não teria chances,
porque seu filme é ágil demais
para o gosto da média dos acadêmicos, já maduros.
Agora, a Miramax fará campanha para que "Cidade de Deus"
dispute melhor filme, direção,
fotografia e roteiro adaptado. As
regras do Oscar autorizam a tentativa.
Não é segredo que a Sony, rival da Miramax, aposta no filme
de Babenco para o Oscar, nas
mesmas categorias. A disputa
entre dois títulos do mesmo país
enfraquece ambos.
ESTE FILME É PERIGOSO 1
Uma foto do incêndio que
atingiu a Cinemateca Brasileira
em 1957 está na capa do livro
"This Film Is Dangerous - A
Celebration of Nitrate Film",
que a Fiaf (Federação
Internacional dos Arquivos
Fílmicos) lança em Estocolmo
(Suécia), na semana que vem.
ESTE FILME É PERIGOSO 2
Com 700 páginas, a obra da
Fiaf traz dois artigos de Carlos
Roberto Souza, curador do
acervo da Cinemateca e maior
especialista brasileiro em
conservação de filmes:
"Inconfidência Archiveira:
Nitrate Fires in Brazilian Film
History" e "Eternal Hope".
GUERRA PARTICULAR 1
Miramax e Sony disputaram
a distribuição de "Cidade de
Deus", em 2002. A Miramax
venceu, e o filme de Meirelles
fez 3,3 milhões de espectadores
no Brasil. Oito meses depois, a
Sony lançou "Carandiru", que
tem público de 3,8 milhões e
deve chegar a 4,5 milhões.
GUERRA PARTICULAR 2
"Carandiru" deve estrear nos
Estados Unidos em dezembro
-para se habilitar à disputa do
Oscar- sem a cena em que
Majestade (Ailton Graça)
aponta um revólver para a
família de Dalva (Maria Luísa
Mendonça). Babenco diz que o
filme "flui melhor" sem ela.
BARALHO
Lei assinada pelo presidente Lula da Silva anteontem permite
estender até setembro de 2005 o prazo para contratações
temporárias pela Agência Nacional do Cinema. A extinção da
Ancine está em estudo pela Casa Civil.
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