São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007

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Cirque du Soleil volta ao Brasil com seu 2º espetáculo

Companhia canadense estréia turnê brasileira de "Alegría" em Curitiba, em julho; SP, Brasília e Rio estão na agenda

CIE Brasil, que traz o grupo ao Brasil, espera arrecadar cerca de R$ 130 milhões com exibições de "Alegría", de autoria do palhaço Slava


GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Alegría", o espetáculo do Cirque du Soleil que traz um número concebido pelo palhaço Slava especialmente para a companhia, começa em Curitiba (PR) sua próxima turnê no Brasil, em julho.
São Paulo vai receber o Cirque apenas em fevereiro de 2008, em local ainda não definido pela CIE Brasil, realizadora do espetáculo no país. As apresentações do grupo canadense vão passar também por Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre.
A criação do russo para o Cirque é uma encenação "clownesca" com pirotécnicas cenográficas, com dez minutos. Traz um palhaço que enfrenta uma tempestade criada por tecidos, papéis e ventiladores.
As concepções dos dois espetáculos têm semelhanças, de acordo com o diretor artístico de "Alegría", Luc Ouellette. "Esse trecho do espetáculo nasceu junto com o outro, e os dois são muito visuais. Brincam muito com elementos cenográficos", afirma ele.
Segundo o presidente da CIE Brasil, Fernando Altério, a bem-sucedida passagem do Cirque pelo país no ano passado, com a peça "Saltimbanco", permitiu que o número de apresentações dessa turnê dobrasse. A bilheteria da temporada realizada em 2006 foi de R$ 60 milhões, segundo Altério. Com "Alegría", a CIE espera arrecadar cerca de R$ 130 milhões. Os preços dos ingressos, em São Paulo, irão custar de R$ 130 a R$ 300.
"Alegría" é o segundo espetáculo do Cirque. Foi criado em 1994, pouco depois de "Saltimbanco", o primeiro. Tem "mais unidade", segundo seu diretor artístico, pois não foi concebido "somente em torno do trabalho dos artistas".
Dessa vez, a criação ergue em cena uma espécie de reinado mágico, com personagens criados a partir da cultura européia medieval -membros da aristocracia, bobos, reis, mendigos.
Os números são divididos em duas partes, com um intervalo no meio. A primeira traz uma apresentação de trapézio voador com um casal, cenas de manipulação de objetos e com fogo, número de "clown" criado por Slava e uma apresentação bastante ágil, com 30 artistas em uma imensa cama elástica.
Na segunda etapa, um "homem-voador" amarrado a elásticos faz uma ocupação vertical do espaço e acrobacias sobre barras. "Não é o mesmo espetáculo de 94. Existem algumas atualizações nessa versão, como a inclusão de um número de trapézio", conta Ouellette.
A segunda temporada do Cirque não foi inscrita em nenhuma lei de incentivo até agora. "Não digo que não nos inscreveremos [na Lei Rouanet] no futuro, mas, por enquanto, decidimos montar o espetáculo apenas com recursos próprios e de patrocinadores", diz Altério.


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