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Cirque du Soleil volta ao Brasil com seu 2º espetáculo
Companhia canadense estréia turnê brasileira de "Alegría" em Curitiba, em julho; SP, Brasília e Rio estão na agenda
CIE Brasil, que traz o grupo ao Brasil, espera arrecadar cerca de R$ 130 milhões com exibições de "Alegría", de autoria do palhaço Slava
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Alegría", o espetáculo do
Cirque du Soleil que traz um
número concebido pelo palhaço Slava especialmente para a
companhia, começa em Curitiba (PR) sua próxima turnê no
Brasil, em julho.
São Paulo vai receber o Cirque apenas em fevereiro de
2008, em local ainda não definido pela CIE Brasil, realizadora do espetáculo no país. As
apresentações do grupo canadense vão passar também por
Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
Brasília e Porto Alegre.
A criação do russo para o Cirque é uma encenação "clownesca" com pirotécnicas cenográficas, com dez minutos. Traz
um palhaço que enfrenta uma
tempestade criada por tecidos,
papéis e ventiladores.
As concepções dos dois espetáculos têm semelhanças, de
acordo com o diretor artístico
de "Alegría", Luc Ouellette.
"Esse trecho do espetáculo nasceu junto com o outro, e os dois
são muito visuais. Brincam
muito com elementos cenográficos", afirma ele.
Segundo o presidente da CIE
Brasil, Fernando Altério, a
bem-sucedida passagem do
Cirque pelo país no ano passado, com a peça "Saltimbanco",
permitiu que o número de
apresentações dessa turnê dobrasse. A bilheteria da temporada realizada em 2006 foi de
R$ 60 milhões, segundo Altério. Com "Alegría", a CIE espera arrecadar cerca de R$ 130
milhões. Os preços dos ingressos, em São Paulo, irão custar
de R$ 130 a R$ 300.
"Alegría" é o segundo espetáculo do Cirque. Foi criado em
1994, pouco depois de "Saltimbanco", o primeiro. Tem "mais
unidade", segundo seu diretor
artístico, pois não foi concebido
"somente em torno do trabalho
dos artistas".
Dessa vez, a criação ergue em
cena uma espécie de reinado
mágico, com personagens criados a partir da cultura européia
medieval -membros da aristocracia, bobos, reis, mendigos.
Os números são divididos em
duas partes, com um intervalo
no meio. A primeira traz uma
apresentação de trapézio voador com um casal, cenas de manipulação de objetos e com fogo, número de "clown" criado
por Slava e uma apresentação
bastante ágil, com 30 artistas
em uma imensa cama elástica.
Na segunda etapa, um "homem-voador" amarrado a elásticos faz uma ocupação vertical
do espaço e acrobacias sobre
barras. "Não é o mesmo espetáculo de 94. Existem algumas
atualizações nessa versão, como a inclusão de um número de
trapézio", conta Ouellette.
A segunda temporada do Cirque não foi inscrita em nenhuma lei de incentivo até agora.
"Não digo que não nos inscreveremos [na Lei Rouanet] no
futuro, mas, por enquanto, decidimos montar o espetáculo
apenas com recursos próprios e
de patrocinadores", diz Altério.
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