São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2008

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comentário

Instalação convida a mergulhar no invisível

Apesar do seu porte, a instalação de Chalayan provoca uma experiência intimista e é discreta do ponto de vista criativo.
O túnel de vidro foi montado numa sala quase às escuras, onde sobressai a visão de um aquário, na parte baixa da instalação, com suas águas agitadas por uma máquina.
Chega-se ao túnel depois de subir uma rampa. No alto, um assistente coloca uma venda no visitante e o encaminha para a entrada. A primeira sensação é a de insegurança, devido à cegueira e ao piso ondulado.
No percurso, sentimos diferentes aromas e ouvimos uma música que nunca se repete, pois varia conforme pisamos no chão sensível ao toque, ao qual o som está sincronizado.
Aos poucos, mergulhamos num ambiente desconhecido, que por instantes desafia os nossos limites físicos e mentais, confundindo interior e exterior, pensamento e sensação.
É curioso que um profissional da moda -atividade em que o olhar e a imagem são essenciais- nos leve a ter essa experiência de olhos vendados.
É como se, para Chalayan, o importante fosse não só redescobrir os sentidos, mas também experimentar o invisível.


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