|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROTESTO
ULM promove manifestação
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha
Pais, alunos e professores da
Universidade Livre de Música
fizeram uma manifestação anteontem pedindo nova sede
para a escola.
A passeata saiu da sede da
ULM, na rua Três Rios, às 16h,
percorrendo ruas do bairro do
Bom Retiro e da Luz até chegar
ao prédio do antigo Dops.
Reivindicado pelos manifestantes, o edifício fica junto ao
novo Complexo Cultural Júlio
Prestes, localizado na antiga
estação ferroviária que levava
esse nome. Ainda em reformas, o complexo já abriga a Secretaria de Estado da Cultura e
deve sediar, a partir de novembro, a Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo (Osesp).
Os manifestantes acusam a
Secretaria da Cultura de ter
prometido, no ano passado,
entregar o prédio do Dops para
a ULM -idéia abandonada
neste ano em prol da Academia
Superior de Música, entidade
nos modelos da Juilliard
School, de Nova York, visando
formar músicos profissionais
para a Osesp.
Em abril, foi inaugurada nova unidade da ULM -o Núcleo Eleazar de Carvalho, no
Brooklin (zona sul).
"Eles querem transferir a sede para o Brooklin, o que é
uma provocação", afirma Regina Maria Gomes Rocha, da
comissão de mães. "A proposta pedagógica lá é de oficinas
culturais, o que não tem nada a
ver com o espírito da ULM."
A secretaria é ainda acusada
de praticar uma política de
desvalorização da ULM.
"No início do ano, foi anunciado um corte orçamentário
de 64%, com alegação de falta
de verbas por parte da secretaria. E, depois, começou este
"festival dos milhões', com a
inauguração de obras caras,
como a Pinacoteca", afirma
Enny Parejo, coordenadora
pedagógica do Departamento
Infanto-Juvenil da ULM.
Ficou acertado para a próxima quinta encontro entre Neide Hahn, secretária-adjunta da
Secretaria da Cultura, e uma
comissão dos manifestantes.
"A ULM já tem um prédio,
no Brooklin", afirma Neide
Hahn. Quanto às antigas instalações do Dops, neste ano, a secretaria deve apenas restaurá-las. "É só para isso que o dinheiro vai dar este ano."
Hahn afirma que os cortes
orçamentários se devem ao
ajuste das contas públicas.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|