São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2000


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Animação da Disney é o filme mais caro da história de Hollywood e chega às telas do país hoje
Dinossauro também é gente

Divulgação
O casal de iguanodontes Aladar e Neera brinca com os Iêmures que adotaram Aladar em "Dinossauro", animação que estréia em 342 cinemas no país; a maioria exibirá o filme em versão dublada



Filme traz 400 produtos com a marca Dinossauro, um negócio estimado em R$ 1 bilhão


DA REDAÇÃO

Chega hoje a 342 cinemas do país "Dinossauro", o filme de animação mais caro já produzido em Hollywood. Ele abre a temporada de férias escolares, ao lado de "Pânico 3", último filme da trilogia de Wes Craven.
Com orçamento de US$ 200 milhões, o desenho animado produzido pelos estúdios Disney igualou o recorde de "Titanic" (1997), a superprodução de James Cameron.
A maior parte desse orçamento foi gasta com tecnologia e desenvolvimento de programas especiais para a criação de animais "humanizados" -e com a construção de um laboratório digital de US$ 8 milhões para acolher a produção do filme.
Com a expectativa de contabilizar 3,5 milhões de espectadores no Brasil, segundo a distribuidora Buena Vista International, o filme traz a reboque cerca de 400 produtos com a marca Dinossauro, já licenciados no país por cerca de 90 empresas -um negócio que deve movimentar cerca de R$ 1 bilhão até setembro.
Para conquistar o público, além do investimento em tecnologia digital, "a estratégia foi humanizar os dinossauros e lançar mão de algumas mentirinhas", disse em entrevista à Folha, em Los Angeles, o co-diretor de "Dinossauro", Ralph Zondag. Estreando em direção, ele foi também o autor da maioria dos complexos "storyboards" (desenhos de cena) que orientaram as filmagens.
A aventura de Aladar, um dinossauro -um iguanodonte- que é criado por uma família de lêmures em uma ilha, se passa há 65 milhões de anos, quando os únicos mamíferos que já habitavam o planeta ao lado dos dinossauros eram ratos gigantes de olhos esbugalhados.
"Não podíamos usar esses animais sem o menor apelo para completar o elenco. Por isso, optamos por mentir e usar uma espécie de macaquinhos meigos, os lêmures, que só viriam a existir 50 milhões de anos depois", disse o co-diretor Zondag.
Nos EUA, a estratégia foi bem. No primeiro fim-de-semana, "Dinossauro" faturou US$ 39 milhões, tirando o primeiro lugar de "Gladiador", de Ridley Scott.
No Brasil, pela primeira vez, a Disney vai lançar cerca de 90% das cópias dubladas (a média dos desenhos animados anteriores era de 80%). E por duas duplas de peso: Hebe Camargo e Nair Bello e Fábio Assunção e Malu Mader, que já tinham trabalhado em parcerias anteriores.
Hebe e Nair dão voz a Baylene e Eema, as anciãs do bando de dinossauros que sobrevive a uma terrível chuva de meteoros. Elas são deixadas para trás pelo líder. Assunção e Malu fazem as vozes de Aladar e Neera, a irmã do temido líder, por quem o iguanodonte protagonista se apaixona.
Segundo Rodrigo Saturnino, diretor de marketing da Buena Vista Internacional, que distribui as produções da Disney no país, dar vozes populares aos personagens da animação foi uma estratégia para valorizar o filme e o aproximar do espectador.


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