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SÃO PAULO FASHION WEEK
Gisele Bündchen é a atração da abertura
ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA
O estilista de moda masculina
Ricardo Almeida abre hoje a 15ª
edição da São Paulo Fashion
Week apresentando as coleções
para a temporada de primavera-verão 2003/2004, no prédio da
Fundação Bienal.
A grande atração do dia deverá
ser, como sempre, a presença de
Gisele Bündchen na passarela da
Cia. Marítima, a única marca de
moda praia a desfilar hoje.
Gisele fará três entradas e deverá fechar o desfile, que é sua participação exclusiva na temporada brasileira. A coleção da grife,
uma das maiores do país no segmento, vem inspirada nos anos
60, misturando tons pastel e estampas psicodélicas.
O cenário, de Muti Randolph,
traz bolotas coloridas, bem ao estilo do designer. Entre as novidades da coleção, estão uma toalha
especial com fio elastano. "Dá
aquela cara anos 60, mas veste
como um biquíni atual", diz o estilista Benny Rosset.
A toalha é material importante
também na Cori, em que Alexandre Herchcovitch, em sua quarta
coleção para a elegante grife paulistana, confecciona até mesmo
ternos e smokings completos.
O ponto de partida foram camisolas antigas, pesquisadas pelo estilista em brechós de Nova
York e Paris. Portanto há muitas
anáguas e vestidinhos na passarela: "É tudo multicor e florido",
diz o designer.
Tudo a ver com o espírito do
evento, que vem otimista. A Bienal está em clima cor-de-rosa,
brincando com o 15, "como se
fosse um salão de baile", explica
o curador Cacá Ribeiro, responsável pelas áreas comuns do prédio, que ganha também paredes
como se confeitadas, obra do artista plástico Pedro Paulo Basílio.
Logo à entrada, há uma instalação dos irmãos Campana de galhos brancos, enquanto Guto Lacaz criou uma área com 50 tábuas de passar roupa. Isabelle
Tuchband brinca com fotos dos
fashionistas aos 15 anos.
Na passarela, outro destaque
do dia é o desfile de Ronaldo Fraga, que fez uma grande pesquisa
no vale do Jequitinhonha e traz
uma coleção inspirada nas bonecas de barro características da região. "Quando eu era adolescente, odiava essas bonecas, mas
acho lindo agora", diz. "Nossa
geração tem um compromisso
civil com a memória brasileira."
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