São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

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Eventos a partir de novembro incluem Portugal

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal das Culturas do Rio de Janeiro, Ricardo Macieira, foi surpreendido com a repercussão antecipada das comemorações dos 200 anos da chegada da família real ao Rio: "virou uma bola de neve".
O evento ainda em preparação está atraindo uma série de personalidades, iniciativas e organizações.
As comemorações começam oficialmente em novembro próximo, em Portugal, com uma exposição que coincide com os 200 anos da data em que a família real deixou Lisboa. Em março haverá outra exposição no Rio, coincidindo com o momento em que a corte lusitana aportou na cidade, surpreendendo os passantes.
Mas, antes disso, uma série de concertos e atividades já estará em curso, reunindo diversas instituições. Um rico pacote de 19 livros vai reviver o período, incluindo o "Dicionário do Brasil Joanino, organizado por Ronaldo Vainfas e Lúcia Bastos Pereira das Neves. Isso só dos títulos "oficiais", porque há vários outros lançamentos sobre o período em preparação.
O projeto foi iniciado com o trabalho de recuperação da antiga Capela Real, atual Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Os trabalhos ainda em andamento foram entregues à Fundação Roberto Marinho e levaram a um trabalho arqueológico "Na cidade do Rio de Janeiro, até essa obra, nunca se tinha encontrado nenhum vestígio de uma arquitetura do século 16, o que agora se encontrou: a ermida para Nossa Senhora do Ó", diz Macieira.
Além desse trabalho, serão restaurados o monumento comemorativo do centenário da abertura dos portos, a talha da Igreja do Outeiro da Glória, o Convento de Santa Teresa, a Ponte dos Jesuítas e os marcos imperiais.
O projeto iniciado pela secretaria nos primeiros meses de 2006 parece ter combinado com uma época de reavaliação histórica.
Num momento de crise da democracia e de aviltamento dos "valores republicanos", o espírito do tempo virou a favor da antiga família real. Prova disso é a multiplicação dos novos estudos sobre o período (também conseqüência da crise do modelo marxista de interpretação) e os best-sellers sobre membros da família real.
No Brasil, o diplomata Alberto da Costa e Silva está à frente da comissão preparatória. Em Portugal, o Ministério da Cultura local nomeou Rui Rasquilho. Ele disse que a comissão lusitana pretende apresentar o Portugal moderno ao Brasil e que o Museu de Marinha de Lisboa vai organizar uma exposição lembrando a invasão das tropas napoleônicas, entre outros eventos. (MS)


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