São Paulo, segunda, 30 de junho de 1997.



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Baixista do No Doubt afirma que a banda ficou mais pop

MARIANE MORISAWA
da Redação

O No Doubt, banda californiana de Anaheim, já vendeu no mundo inteiro 11 milhões de cópias de seu segundo álbum, "Tragic Kingdom". No Brasil, o CD é disco de ouro, com 110 mil unidades vendidas. O sucesso do grupo é capitaneado pela balada "Don't Speak", inspirada no rompimento do namoro entre a vocalista Gwen Stefani e o baixista Tony Kanal.
A banda, que mistura pop e ska e é formada ainda por Adrian Young (bateria) e Tom Dumont (guitarra), está lançando uma nova música e um novo videoclipe, "Excuse Me, Mr.".
Leia a seguir trechos da entrevista que o baixista Tony Kanal -inglês filho de indianos- concedeu à Folha por telefone, na qual fala do sucesso e da vontade de tocar na América do Sul.

Folha - Quais são as razões do sucesso do No Doubt?
Kanal
- Eu acho que é uma combinação de diversos fatores. Primeiro, acredito que a música que fazemos, de alguma forma, é o que as pessoas querem ouvir agora. Em 1992, quando lançamos nosso primeiro álbum, as pessoas não estavam interessadas em ouvir a música que tocávamos.
Folha - Muitas das músicas do No Doubt falam de seu relacionamento com Gwen Stefani. O fato de muitas pessoas saberem sobre sua vida pessoal incomoda?
Kanal
- Não me incomoda pelo fato de elas serem canções. Quando as tocamos no palco, elas são apenas canções. A única coisa que pode incomodar, às vezes, é quando a mídia se concentra mais na fofoca do que na música.
Folha - A atenção que Gwen recebe chateia vocês?
Kanal
- Há um ano, um ano e meio, isso incomodava. O impacto foi grande, porque estávamos juntos, nessa época, havia nove anos. De repente, uma pessoa estava recebendo mais atenção. Foi chocante. Mas nós superamos isso. O mais importante é escrever e tocar música e estar no palco. Não importa quem recebe mais atenção.
Folha - A sua performance e a de Gwen nos shows é muito cheia de energia. Vocês realmente se divertem quando estão no palco?
Kanal
- Sim, eu vivo só para estar no palco. O dia todo é direcionado para fazer um bom show. Essa é a razão pela qual estamos aqui. Sempre queremos dar à platéia mais do que podemos.
Folha - Há diferenças entre o primeiro álbum e "Tragic Kingdom"?
Kanal
- Eu acho que, musicalmente, a maior diferença é que nós amadurecemos. Eu acho que houve um amadurecimento, mas não um esforço consciente para mudarmos nosso estilo.
Folha - Mas você acha que a banda ficou mais pop?
Kanal
- Diria que sim, somos um grupo pop, mas reafirmo que não houve um esforço consciente do tipo "oh, nós temos que nos tornar uma banda pop".
Folha - Quais são seus planos?
Kanal
- Terminaremos a turnê em poucas semanas e tiraremos alguns meses de folga para escrevermos músicas, e então veremos se ainda há algum lugar aonde poderíamos ir. Nós queremos muito ir à América do Sul.
Folha - Vocês acham que virão?
Kanal
- Queremos ir, é só uma questão de agenda, fazer o próximo disco e encaixar na turnê.



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