São Paulo, segunda, 30 de junho de 1997.



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David Newman quer Banderas

da Redação

A realização de "Brasil 1500" passa por um roteirista de peso. Apesar do malogro histórico de "Cristóvão Colombo - A Aventura do Descobrimento" (92), última grande produção da qual participou, ninguém pode apagar do currículo de David Newman o crédito pelos scripts de "Esta Pequena É uma Parada" (72), "Superman - O Filme" (78) e "Superman 2 - A Aventura Continua" (80).
Na entrevista concedida à Folha por telefone, de Nova York, Newman aposta que "Brasil 1500" tem todos os ingredientes necessários à conquista do público norte-americano. E enumera: "Há amor, guerra, sexo, lascívia...". (FO)

Folha - O sr. não acha necessário conhecer a história do Brasil para trabalhar com um roteiro sobre o descobrimento do país?
David Newman
- É claro, tivemos que aprender muito sobre a história brasileira. Pesquisamos, fomos a bibliotecas e museus -como o Museu de História Natural de Nova York e o Smithsonian Museum de Washington-, e absorvemos o máximo que pudemos.
Mas você deve entender que o script não é somente histórico, é um filme, é ficção. É lógico que há fatos e personagens reais, como Cabral e Vasco da Gama, mas Gonçalo e a maioria dos personagens principais foram inventados para que pudéssemos fazer um verdadeiro longa de ficção.
Folha - Você acha que o público norte-americano vai se interessar por "Gonçalo"?
Newman
- Ele foi escrito para interessar às platéias americanas. Eu sou um roteirista norte-americano e Ilya Salkind é um produtor norte-americano. O sucesso nos EUA é extremamente importante para qualquer filme. E esse é um longa-metragem bastante comercial, tipicamente hollywoodiano.
O "Coração Valente" de Mel Gibson, por exemplo, teve muito interesse para o público escocês, já que o tema era a história da Escócia. Mas não foi feito para os escoceses, e sim para o mundo e especialmente para os norte-americanos. Da mesma forma, "Gonçalo", apesar de ser sobre o Brasil, é um filme para os EUA e o mundo.
Folha - Quais os pontos altos da história?
Newman
- "Gonçalo" é o tipo de filme que as pessoas adoravam assistir no cinema e que não é feito com muita frequência ultimamente, onde o grande herói é também um homem comum, mas que possui qualidades especiais, é inteligente, forte, corajoso.
Há fantásticas sequências de ação, como uma batalha na tribo dos tupinambás, e uma história de amor entre Gonçalo e a índia que ele encontra na tribo quando de sua chegada às praias brasileiras.
Há amor, sexo, guerra, humor, lascívia... É um filme completo.
Folha - Qual seria o ator ideal para interpretar Gonçalo?
Newman
- Antonio Banderas. É o nome que eu vejo. Se ele será escolhido ou não, ainda não sei, mas seria perfeito.



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