São Paulo, domingo, 30 de julho de 2006

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Vitrine

Drama
Viva Zapata!     
ELIA KAZAN
Distribuidora:
Fox; Quanto: R$ 29,90 (em média)
Um clássico de 1952 com o selo da parceria Elia Kazan (pré-delação dos colegas no macarthismo) e Marlon Brando (aqui com olhos puxados e cômica prótese nasal). O roteiro de John Steinbeck foi feito para o destaque de Brando como o camponês Emiliano Zapata, que se rebela contra o ditador Porfirio Diaz, mas acaba sucumbindo à influência corruptora do poder. Quem realmente brilhou, no entanto, foi Anthony Quinn (foi esse papel que o projetou), que acabou levando a estatueta de melhor ator coadjuvante como o mercurial irmão de Zapata. A fotografia realista em preto-e-branco, influenciada por Eisenstein, é o ponto alto do filme, assim como as cenas de batalha, que mostram Kazan como um mestre também dos épicos, longe do cenário social e intimista. (MARCOS STRECKER)

Série de TV
Huff - 1ª Temporada    
BOB LOWRY/SCOTT WINANT (CRIADORES)
Distribuidora:
Sony; Quanto: R$ 100
Estrelado por Hank Azaria, o seriado paga um tributo às neuroses modernas, apostando num humor amargo. Afinal, nada mais ácido do que um terapeuta se auto-analisando. A ação começa com um panorama da vida do psicanalista: aos 42 anos, tem um filho de 14 e transa bem com sua mulher. Ele quer ser um anjo na vida das pessoas -pacientes ou mesmo desconhecidos-, mas não consegue salvar nem a si mesmo de seus problemas. Cúmulo do ridículo, é um psiquiatra cansado de ouvir as mazelas alheias. O suicídio de um adolescente em seu consultório vai quebrar a marretadas essa vida aparentemente feliz. Os extras trazem comentários com os criadores, documentários sobre a produção e algumas cenas deletadas. (LÚCIA VALENTIM RODRIGUES)

Documentário
The Blues - Vol. 2    
VÁRIOS DIRETORES
Distribuidora:
Focus; Quanto: R$ 110
O segundo pacote da série para a TV produzida por Martin Scorsese traz mais três documentários inspirados no universo do blues. Bom humor e melancolia se misturam em "The Road to Memphis", de Richard Pearce, que mostra o cotidiano de B.B. King, Bobby Rush, Ike Turner e outros veteranos músicos de blues, antes de um show coletivo, em 2002. Em "Piano Blues", Clint Eastwood narra uma história desse gênero musical, dividindo a cena com pianistas como Ray Charles, Dave Brubeck e Dr. John. Saboroso final, "Godfathers and Sons", de Marc Levin, reúne o rapper Chuck D (do Public Enemy) com o produtor Marshall Chess, em Chicago. Eles se juntam a músicos de blues e jazz para atualizar o som psicodélico de gravação que Muddy Waters liderou em 68. (CARLOS CALADO)


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