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MUNDO DE BACO
Nova importadora frutifica safra neozelandesa
JORGE CARRARA
Colunista da Folha
Com uma degustação realizada
no restaurante Parigi na segunda
passada, uma nova importadora
estreou na cidade: a Premium.
Criada por Rodrigo Fonseca,
chef-sommelier e proprietário do
restaurante Taste-vin, de Belo
Horizonte, e Orlando Rodrigues,
um empresário dedicado a construção civil, a firma inicia suas atividades com estoque dedicado
aos vinhos da Nova Zelândia, um
item até hoje raro por aqui.
O painel apresentado na prova
contou com tintos, com destaque
para os Pinot Noir, e brancos, entre os quais sobressaíram os Sauvignon Blanc, variedade francesa
que ajudou a colocar as duas ilhas
que formam o país, encravadas
no sul do Pacífico, a 2.000 quilômetros da Austrália, no mapa dos
vinhos finos do planeta.
Na ala rubra, os exemplares da
Ata Rangi impressionaram bem.
O Pinot Noir Young Vines 97, é
um vinho de aroma e sabor frutado, típico dessa variedade oriunda da Borgonha, equilibrado e
agradável. Mais complexo, o Pinot Noir 97 tem paladar longo
marcado por frutas vermelhas e
certo defumado atraente, boa textura e concentração.
No departamento dos brancos,
os Sauvignon Blanc se mostraram
bem frutados, com aromas típicos
dessa cepa (e relação preço-qualidade bastante atraente). Entre
eles, o Grove Mill 98 agradou pelo
perfume de frutas tropicais e paladar nervoso, com boa acidez.
Mais concentrado, o Jackson
mostrou aroma intenso, marcado
por maracujá e leve toque de goiaba e melão, também presente no
sabor, rico e persistente.
Os dois da Hunter's -uma vinícola fundada em 1980, pioneira
nessa cepa na Nova Zelândia-, o
Sauvignon Blanc 98 e o Sauvignon Blanc Oak Aged 98, também
tiveram boa performance. Aliás,
tanto eles quanto o Jackson superam muitos dos renomados (e
bem mais caros) Sauvignons
franceses do Vale do Loire.
O Hunter's 98 é outro vinho de
aroma marcante, carregado de
fruta (novamente o típico maracujá, que aparece acompanhado
de pêssego e pêra), paladar redondo e sabor longo igualmente dominado pela fruta.
O Oak Aged 97, único dos brancos envelhecido em tonéis de carvalho, exibiu personalidade diferente. A fruta não aparece com a
mesma intensidade que na versão
sem madeira, mas a passagem por
barril compensa a perda, dando-lhe certa complexidade. Baunilha,
mel e um toque de coco aparecem
junto à fruta tanto no aroma
quanto no sabor, dando forma a
um paladar amplo e equilibrado.
SBAV
A Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (tel. 0/xx/11/814-7905) coloca em cena, em agosto,
um variado programa de cursos e
degustações. Dia 3 começa o Curso de Vinhos Franceses. Nas aulas,
serão abordadas as características
das áreas vinícolas gaulesas (como
Champagne e Bordeaux) e degustados vinhos de cada região. Dia
19 será a vez dos goles do Chile.
Borbulhas
Não há dúvida de que a serra
gaúcha é fonte de bons espumantes. O Casa Valduga 98 já pode ser
encontrado na cidade. Elaborado
com uvas Chardonnay, o espumante apresenta bom corpo e textura e agradável aroma frutado.
Pode ser encontrado, por R$
15,09, no Emporium São Paulo (r.
Afonso Brás, 431, telefone 0/xx/
11/866-6336).
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