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São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2003

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FILMES E TV PAGA

Dia de Sorte
Globo, 23h.
  
(Lucky Day). Canadá, 2002, 95 min. Direção: Penelope Buitenhuis. Com Amanda Donohoe, Gregor Torzs. Um pobre entregador ganha uma fortuna na loteria e desaparece em seguida. Uma telefonista investiga o caso com afinco, ainda que desencorajada pelo marido. Inédito.

007 contra o Satânico Dr. No
SBT, 23h45.
    
(Dr. No). Inglaterra, 62, 111 min. Direção: Terence Young. Com Sean Connery, Ursula Andress, Joseph Wiseman. O primeiro 007 é o filme que define todos os parâmetros da série: o tipo de James Bond, o gosto por "gadgets", mulheres bonitas, velocidade, modernidade em geral. E também os supervilões, como o dr. No que Bond combate. Nada, no entanto, equivale à saída da água de Ursula Andress, antológica.

Emmanuelle - A Hora do Sonho
Bandeirantes, 1h.
 
(Emmanuelle - A Time to Dream). 94, 93 min. Direção: David Cole. Com Krista Allen, Debra K. Beatty. Em que Emmanuelle continua a dar trela (e não apenas trela) a seus amigos extraterrestres, que, agora, monitoram seus sonhos. Ou Emmanuelle, a hora do sono.

O Violino Vermelho
SBT, 2h.
  
(The Red Violin). Canadá/Itália, 98, 150 min. Direção: François Girard. Com Carlo Cecchi, Greta Scacchi, Irene Grazioli. A história de um violino ao longo de três séculos? Ou três séculos através da história desse violino? Filme com muito boas referências. A conferir, se possível.

Assassino Virtual
Globo, 2h45.
 
(Virtuosity). EUA, 95, 105 min. Direção: Brett Leonard. Com Denzel Washington, Kelly Lynch, Russell Crowe. Monstro cibernético (Crowe) foge ao controle de seu criador (como em "Frankenstein"), o que leva a polícia privatizada (como em "Robocop") a persegui-lo, com a participação decisiva de Washington, policial vingativo (como quase sempre) e com ajuda de uma psicóloga (psicólogos são os tiras da mente no cinema americano). Força e coragem. Inédito.

Lone Star - Estrela Solitária
SBT, 4h25.
   
(Lone Star). EUA, 95, 135 min. Direção: John Sayles. Com Chris Cooper, Francis McDormand, Ron Canada. Ao investigar caso de uma ossada que aparece numa cidadezinha do Texas, xerife descobre que seu venerado pai não era tão herói quanto se podia imaginar. Sayles, que não é bobo, aproveita o fato de a ação se passar numa cidade fronteiriça para abordar os conflitos entre americanos e mexicanos. Só para São Paulo. (IA)


"O Senhor dos Anéis" trafega entre contrastes

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O filme "O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel" é um desses fenômenos avassaladores do cinema recente. Retoma-se ali a saga de J.R.R. Tolkien, sobre um jovem puro, encarregado de carregar um anel capaz de dar poderes incalculáveis a seu possuidor, para que seja devidamente destruído.
O anel é, evidentemente, cobiçadíssimo, e esse é o ponto principal da saga: o poder e seu decorrente poder de destruição. Tolkien escreveu depois da Segunda Guerra, cujos piores pesadelos parecem frequentar sua fantasia. O certo é que coisas como armas nucleares, destruição, ruínas etc. são parte essencial dessa ficção, embora não nomeadas.
O filme de Peter Jackson tem o inconveniente de criar uma atmosfera pesadamente expressionista para essa saga (no segundo exemplar isso seria bem melhorado), operando uma separação radical entre bem e mal, claro e escuro, luz e sombra.
Uma separação simplória -sempre existe a tentação de dizer assim. Ainda que seja, convém lembrar que essas duas questões -a distinção entre bem e mal e o poder e seus usos- são mais do que presentes: a primeira move Bush e Bin Laden, Sharon e o Hamas, entre outros personagens ilustres; a segunda aborda a tendência do poder a evoluir ao descontrole e em seguida, não raro, à catástrofe.
O que há de mais terrível no anel de Tolkien é sua capacidade de seduzir mesmo os mais justos. Veremos em "Rainha Margot" mais ou menos o mesmo problema, transposto para as lutas entre católicos e protestantes no século 16. Está longe de ser inédito; a vantagem é que vemos Isabelle Adjani, enquanto "O Senhor..." nos faz suportar uma penca de monstruosos seres, alguns digitais, alguns quase humanos.


O SENHOR DOS ANÉIS - A SOCIEDADE DO ANEL. Quando: hoje, às 21h, no HBO, e às 3h, no HBO2.

RAINHA MARGOT. Quando: hoje, às 4h, e amanhã, às 12h, no Eurochannel.


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