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MEMÓRIA
Autor era membro da Academia Brasileira de Letras
Câncer mata Sérgio Corrêa da Costa, 86, diplomata e historiador
DA REPORTAGEM LOCAL
Morreu na madrugada de ontem, aos 86 anos, vítima de câncer, o diplomata e historiador Sérgio Corrêa da Costa. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde agosto de 1983, tendo
ocupado a cadeira nº 7, antes pertencente a Dinah Silveira de Queiroz. Corrêa da Costa serviu por
mais de 45 anos o Itamaraty, exercendo importantes cargos diplomáticos, como os de embaixador
em Londres, em Washington e
nas Nações Unidas. Nunca em
Paris, cidade que passou a habitar
assim que se aposentou. Nos últimos meses, vivia no Rio, que também foi sua cidade natal.
Formado em ciências jurídicas e
sociais, o acadêmico iniciou cedo
sua carreira de historiador nas letras, lançando já em 1941 o livro
"As Quatro Coroas de Dom Pedro
1º". Em seguida, em 1945, publicou "A Diplomacia do Marechal
-°Intervenção Estrangeira na Revolta da Armada".
Sua carreira de escritor, entretanto, ganhou dinamismo em
seus últimos anos de vida, quando, já membro da ABL há mais de
uma década, lançou três títulos
pela editora Record.
O primeiro, "Palavras sem
Fronteiras" (2000), relaciona origens e usos de 3.000 vocábulos e
expressões "internacionais", ou
seja, que prescindem de tradução.
"Brasil, Segredo de Estado"
(2000), fruto de pesquisas feitas
em arquivos diplomáticos, trata
de algumas omissões em importantes fatos históricos desde a
descoberta do Brasil pelos portugueses. "Crônica de uma Guerra
Secreta" (2004), por fim, lança dados sobre a política externa argentina no período da Segunda
Guerra Mundial.
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