São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2005

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MEMÓRIA

Autor era membro da Academia Brasileira de Letras

Câncer mata Sérgio Corrêa da Costa, 86, diplomata e historiador

DA REPORTAGEM LOCAL

Morreu na madrugada de ontem, aos 86 anos, vítima de câncer, o diplomata e historiador Sérgio Corrêa da Costa. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde agosto de 1983, tendo ocupado a cadeira nº 7, antes pertencente a Dinah Silveira de Queiroz. Corrêa da Costa serviu por mais de 45 anos o Itamaraty, exercendo importantes cargos diplomáticos, como os de embaixador em Londres, em Washington e nas Nações Unidas. Nunca em Paris, cidade que passou a habitar assim que se aposentou. Nos últimos meses, vivia no Rio, que também foi sua cidade natal.
Formado em ciências jurídicas e sociais, o acadêmico iniciou cedo sua carreira de historiador nas letras, lançando já em 1941 o livro "As Quatro Coroas de Dom Pedro 1º". Em seguida, em 1945, publicou "A Diplomacia do Marechal -°Intervenção Estrangeira na Revolta da Armada".
Sua carreira de escritor, entretanto, ganhou dinamismo em seus últimos anos de vida, quando, já membro da ABL há mais de uma década, lançou três títulos pela editora Record.
O primeiro, "Palavras sem Fronteiras" (2000), relaciona origens e usos de 3.000 vocábulos e expressões "internacionais", ou seja, que prescindem de tradução. "Brasil, Segredo de Estado" (2000), fruto de pesquisas feitas em arquivos diplomáticos, trata de algumas omissões em importantes fatos históricos desde a descoberta do Brasil pelos portugueses. "Crônica de uma Guerra Secreta" (2004), por fim, lança dados sobre a política externa argentina no período da Segunda Guerra Mundial.


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