São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2000

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Temporada tem peças curtas

ESPECIAL PARA A FOLHA

Além de "A Rota da Seda", o Béjart Ballet Lausanne apresenta um programa de peças curtas na temporada brasileira.
A mais importante, na opinião do coreógrafo, é "Le Manteau", inspirada na novela homônima de Nikolai Gogol (1809-1852).
"Esta homenagem ao escritor russo estreou no ano passado em Kiev, cidade onde ele nasceu", diz Béjart.
Outra peça do segundo programa é "Sept Danses Grecques". Criada em 1986, com música de Mikis Teodorakis, a peça foi remontada neste ano especialmente para as apresentações em Londres e no Brasil.
"Introduction et Fragments" está incluído no mesmo programa, segundo Béjart, para mostrar diferentes estilos e a qualidade técnica do elenco.
Na abertura, traz um excerto de "Infant-Roi", que o Béjart Ballet Lausanne estreou no semestre passado no Palácio de Versalhes.
Com três personagens principais -Luís 13, Luís 14 e Luís 15, os reis franceses que foram coroados ainda crianças-, esse espetáculo misturou gêneros como minueto e hip hop, compondo mais uma das misturas heterodoxas do coreógrafo.
"Foi importante produzir "Infant-Roi" no Palácio de Versalhes porque trata-se de um lugar importante para a cultura mundial", diz o coreógrafo.
"Em Versalhes muitas coisas se firmaram e, além do mais, seus jardins permitem um reencontro com a natureza. Antes de mudar para Paris, os reis viveram em meio à natureza de Versalhes, onde o mais bonito não é o castelo, mas as áreas verdes."
"E é o amor pela floresta, cuja preservação é um problema universal, que está representado na cena a ser dançada no Brasil", completa.
Aos 73 anos, Béjart continua planejando novos espetáculos. "O próximo terá a luz como tema, salientando mais a luminosidade espiritual do que física."
Na condição de patrimônio da história da dança, o coreógrafo hoje desfruta de uma chancela que independe da qualidade de suas criações, cada vez mais oscilante nos últimos tempos.
Para as platéias de dança, que ele ajudou a expandir no século 20, os melhores momentos de Béjart ainda acontecem quando são reapresentadas obras-primas como "A Sagração da Primavera", que o lançou para a fama, em 1959, e "Bolero", de 1961. (AFP)


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