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Temporada tem peças curtas
ESPECIAL PARA A FOLHA
Além de "A Rota da Seda", o
Béjart Ballet Lausanne apresenta
um programa de peças curtas na
temporada brasileira.
A mais importante, na opinião
do coreógrafo, é "Le Manteau",
inspirada na novela homônima
de Nikolai Gogol (1809-1852).
"Esta homenagem ao escritor
russo estreou no ano passado em
Kiev, cidade onde ele nasceu", diz
Béjart.
Outra peça do segundo programa é "Sept Danses Grecques".
Criada em 1986, com música de
Mikis Teodorakis, a peça foi remontada neste ano especialmente
para as apresentações em Londres e no Brasil.
"Introduction et Fragments" está incluído no mesmo programa,
segundo Béjart, para mostrar diferentes estilos e a qualidade técnica do elenco.
Na abertura, traz um excerto de
"Infant-Roi", que o Béjart Ballet
Lausanne estreou no semestre
passado no Palácio de Versalhes.
Com três personagens principais -Luís 13, Luís 14 e Luís 15, os
reis franceses que foram coroados
ainda crianças-, esse espetáculo
misturou gêneros como minueto
e hip hop, compondo mais uma
das misturas heterodoxas do coreógrafo.
"Foi importante produzir "Infant-Roi" no Palácio de Versalhes
porque trata-se de um lugar importante para a cultura mundial",
diz o coreógrafo.
"Em Versalhes muitas coisas se
firmaram e, além do mais, seus
jardins permitem um reencontro
com a natureza. Antes de mudar
para Paris, os reis viveram em
meio à natureza de Versalhes, onde o mais bonito não é o castelo,
mas as áreas verdes."
"E é o amor pela floresta, cuja
preservação é um problema universal, que está representado na
cena a ser dançada no Brasil",
completa.
Aos 73 anos, Béjart continua
planejando novos espetáculos. "O
próximo terá a luz como tema, salientando mais a luminosidade
espiritual do que física."
Na condição de patrimônio da
história da dança, o coreógrafo
hoje desfruta de uma chancela
que independe da qualidade de
suas criações, cada vez mais oscilante nos últimos tempos.
Para as platéias de dança, que
ele ajudou a expandir no século
20, os melhores momentos de Béjart ainda acontecem quando são
reapresentadas obras-primas como "A Sagração da Primavera",
que o lançou para a fama, em
1959, e "Bolero", de 1961.
(AFP)
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